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“Brasil vai ser um exemplo positivo ao mundo”, diz Pazuello sobre Covid-19

O ministro interino da Saúde analisa que inicialmente o país adotou protocolos errados, que provocaram medo na população

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Eduardo Pazuello, novo secretário-executivo do Ministério da Saúde
1 de 1 Eduardo Pazuello, novo secretário-executivo do Ministério da Saúde - Foto: Alan Santos/PR

Para o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, o Brasil ainda será reconhecido mundialmente como um exemplo positivo de combate ao novo coronavírus. Pazuello avalia que inicialmente o país adotou protocolos errados que provocaram medo na população, mas agora a abordagem está correta. A afirmação foi feita em entrevista à revista Veja.

Ao analisar a pandemia no Brasil, o ministro interino afirma: “No início, a população foi orientada a permanecer em casa mesmo com os sintomas da Covid. E era para ficar em casa até sentir falta de ar. E, quando você tivesse falta de ar, ainda diziam para segurar mais um pouquinho. Matamos quantas pessoas com isso? Loucura”, diz Pazuello

Ele, no entanto, isenta de culpa o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. “Ele imaginava que a melhor coisa era ficar em casa até passar mal. Não vou dizer que ele estava errado ou que teve dolo. Na época, era o que tinha de certo”, diz o interino.

De acordo com Pazuello, esse é o momento em que o foco é no atendimento precoce dos pacientes com sintomas do coronavírus e diagnóstico médico, “não do teste”. Quando questionado se a testagem dos pacientes não seria mais importante, Pazuello ressalta que não.

O ministro vai contra a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de epidemiologistas, os quais defendem que a doença só será controlada com um protocolo eficaz de testagem, para que se conheça o cenário exato do avanço da pandemia.

Durante a entrevista, Pazuello fala mais um pouco sobre o atendimento: “O diagnóstico é clínico, é do médico. Pela anamnese, pela temperatura, por um exame de tomografia, por uma radiografia do pulmão, por exame de sangue, podendo até ter um teste. Criaram a ideia de que tem de testar para dizer que é coronavírus. Não tem de testar, tem de ter diagnóstico médico para dizer que é coronavírus. E, se o médico atestar, deve-se iniciar imediatamente o tratamento”.

Acusações feitas pelo STF

Pazuello também negou as acusações feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que chamou os generais que ocupam cargos na pasta de genocidas. “Quem são os genocidas? Os 5.000 funcionários do ministério? Os dezoito oficiais que eu trouxe para trabalhar comigo? Foi uma conversa muito mal colocada, atravessada, num momento errado e de uma pessoa que não precisava falar isso”.

O ministro interino da saúde também nega que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tenha minimizado os impactos da pandemia, que já matou ao menos 75 mil pessoas.

“Foi colocado muito medo nas pessoas. E, se você olhar só um pouquinho por outro ângulo, talvez não seja tão negativo ter uma pessoa dizendo que não precisa ter esse temor todo. Dá um pouco de esperança de que a vida pode ser normal, de que dá para manter alguma atividade econômica, para as pessoas não morrerem em casa, com medo”, ressalta Pazuello.

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Bolsonaro ainda comentou que está fazendo uso da hidroxicloroquina
A Associação Paulista de Medicina também frisou que é importante seguir as recomendações das autoridades de saúde para conter o avanço do coronavírus
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Bolsonaro ainda comentou que está fazendo uso da hidroxicloroquina

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A Associação Paulista de Medicina também frisou que é importante seguir as recomendações das autoridades de saúde para conter o avanço do coronavírus

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Achatamento da Curva

Por fim, para Pazuello, em setembro “conseguiremos baixar a curva para o nível de uma síndrome respiratória comum”. O ministro interino avalia também que o avanço observado atualmente nas regiões Sul e Centro-Oeste deve ter consequências e reflexos menores.

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