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Brasil vai a reunião na Arábia Saudita para discutir guerra na Ucrânia

Encontro convocado pela Arábia Saudita ocorre em agosto Objetivo é avançar em negociações globais para encerrar guerra com a Rússia

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1 de 1 Itamaraty concurso - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Brasil participará da reunião convocada pela Arábia Saudita para avançar nas negociações de paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O encontro está previsto para ocorrer em 5 e 6 de agosto na cidade de Jidá, em território saudita, e deve contar com autoridades ucranianas. Não há previsão da presença de representantes do governo russo.

A informação foi revelada pela TV Globo e confirmada ao Metrópoles por fontes da diplomacia brasileira. O Brasil aceitará o convite. No entanto, ainda não foi definido quem será o representante do governo na reunião.

Nesta segunda-feira (31/7), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) reúne-se com autoridades sauditas em São Paulo, durante o Fórum de Investimentos Brasil-Arábia Saudita. Entre 4 e 9 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Norte do país para compromissos que envolvem a Cúpula de Países Amazônicos, em Belém (PA).

Segundo informações do The Wall Street Journal, responsável por revelar o encontro global, 30 países foram convidados para o evento; entre eles, Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Índia, Egito e Zâmbia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Cúpula para a paz

A expectativa das autoridades ucranianas é conquistar mais apoio global para o plano de paz criado por Kiev. As propostas desse primeiro encontro poderiam culminar em uma cúpula global, no fim de 2023, voltada para o fim do conflito – quando os líderes assinariam uma lista de princípios compartilhados para encerrar os combates.

O documento serviria como base para a Ucrânia sustentar as negociações de paz com a Rússia.

Segundo o jornal norte-americano, entre os países confirmados estão, além da anfitriã Arábia Saudita, Reino Unido, Polônia e África do Sul, bem como representantes da União Europeia.

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