Brasil ultrapassa 400 mil casos prováveis de dengue
O aumento foi de mais de 300% em comparação com o mesmo período do ano passado. País registrou 62 mortes por dengue
atualizado
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O Brasil ultrapassou a marca dos 400 mil casos prováveis de dengue, de acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, atualizados nesta sexta-feira (9/2).
O total de casos chegou a 408.351 nas primeiras cinco semanas de 2024. O número representa um aumento de 337% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 93.298 casos.
Em 2023, o país atingiu os 400 mil casos apenas na 11ª semana epidemiológica, entre 12 e 18 de março.
Ainda segundo o painel, o país teve 62 óbitos pela doença confirmados, um a mais do que o início de 2023, quando houve 61 mortes. Outros 279 óbitos estão em investigação.
A maioria dos pacientes com casos prováveis de dengue estão na faixa de 30 a 59 anos.
Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás são as unidades da federação com a maior incidência da doença. A situação é mais alarmante no DF, que registra 1771 casos a cada 100 mil habitantes. A capital federal começou a aplicar a vacina contra a dengue em crianças de 10 e 11 anos nesta sexta.
Ao todo, 315 municípios receberam a primeira leva do imunizante Qdenga, com 712.184 doses.
Confira aqui quantas vacinas contra dengue cada cidade recebeu.
Recorde de casos
O Ministério da Saúde estima que o Brasil pode registrar, apenas em 2024, até 4,2 milhões de casos de dengue. Esse número estabeleceria um recorde de infectados pela doença na história do país.
“A estimativa do Ministério da Saúde é que a gente chegue a 4,2 milhões de casos. Nós nunca chegamos a esse número. Por isso, a preocupação e também pela pressão que isso pode acontecer no serviço de saúde”, explicou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde.
“Nós estamos vendo uma antecipação dos casos que nós ainda não tínhamos visto nas últimas epidemias de dengue. Em geral, há um crescimento de casos no final de março e começo de abril. Nós começamos a ver o crescimento dos casos [neste ano] já em janeiro”, prosseguiu.