Brasil diz estudar outras rotas para repatriar brasileiros no Líbano
Com a intensificação da violência no Líbano, governo do Brasil diz estudar outras rotas para resgatar brasileiros que estejam no país
atualizado
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O avanço de Israel contra o Hezbollah no Líbano aumentou, com bombardeios que chegaram nas proximidades do aeroporto de Beirute nesta quinta-feira (3/10). Pela intensificação da violência e a instabilidade na região, o governo do Brasil diz estudar outras rotas para repatriar brasileiros que estejam no país.
A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante coletiva de imprensa no Palácio do Itamaraty. De acordo com o chanceler, a Operação Raízes do Cedro trabalha, inicialmente, com a possibilidade de pousar em Beirute nesta sexta-feira (4/10), por volta das 16h (10h no horário de Brasília). Contudo, conversas com países da região sobre outras alternativas já aconteceram.
“Se houver algum episódio que não permita a aterrissagem, evidentemente que terá que ser adiado”, disse o chanceler brasileiro. “Eu mesmo, em Nova York, na semana passada acompanhando o presidente na Assembleia Geral da ONU, tive reuniões com o ministro do Exterior do Líbano, depois no México com o ministro do Exterior de Portugal. Estive também, em Nova York, com o ministro das Relações Exteriores da Síria. Com todos eles tratei eu tratei do tema. Também o da Jordânia, com quem já havia tratado anteriormente. Com todos examinamos as possibilidades”.
Apesar de estudar rotas alternativas para resgatar os brasileiros do território libanês, ainda não está claro como, e por onde, os cidadãos podem ser retirados do país que vive a iminência de uma nova guerra.
Avião deve chegar sábado
A previsão inicial é de que o KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), chegue ao Brasil com os primeiros 220 repatriados neste sábado (5/10). O avião deve pousar em solo brasileiro por volta das 8h, na Base Aérea de Guarulhos (SP)
Até o momento, o governo ainda não se manifestou sobre possíveis mudanças no plano de resgate devido aos recentes bombardeios contra a capital do Líbano, Beirute.
De acordo com o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo damasceno, cerca de 500 pessoas podem ser retiradas do Líbano por semana. Até o momento, mais de 3 mil brasileiros já procuraram o Itamaraty e solicitaram ajuda para deixar o país.