Brasil registrou 68 mil casos de tuberculose em 2021, aponta governo
Campanha alerta para diagnóstico precoce. Público-alvo são homens de 20 a 34 anos, os mais afetados pela doença
atualizado
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Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (24/3) apontam que, em 2021, foram registrados 68,2 mil casos de tuberculose no Brasil. As informações constam no novo Boletim Epidemiológico Especial lançado pela pasta.
O documento foi publicado em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O objetivo é alertar a população sobre a importância e o diagnóstico precoce da doença. Segundo o governo, o público-alvo são homens de 20 a 34 anos, os mais afetados pela doença.
Esse grupo apresenta três vezes mais risco de adoecimento quando comparado a mulheres da mesma faixa etária. Os principais sintomas são tosse contínua, cansaço excessivo, febre baixa, emagrecimento acentuado, rouquidão e fraqueza. A doença é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que ataca os pulmões.
Em 2020, o número de casos registrados no Brasil foi de 69,9 mil. No mesmo ano, 4,5 mil pessoas morreram no país devido à doença. Em 2019, 4,5 mil mortes foram registradas no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, apesar da queda na incidência da doença entre 2019 e 2021, o patamar de mortes continuou alto. Isso se deve ao baixo número de diagnósticos da enfermidade.
No segundo semestre de 2021, foram realizados 223 mil testes rápidos moleculares para detecção de tuberculose, índice 6,6% superior ao observado em 2019, e 24,4% superior aos registros de 2020. A expectativa do governo, no entanto, é aumentar ainda mais o número de testes.
Anualmente, são distribuídos cerca de 500 mil cartuchos para realização do teste rápido molecular para tuberculose. “Em 2022, serão disponibilizadas novas tecnologias para diagnóstico. Ainda no primeiro semestre, estará disponível o teste MGIT de sensibilidade. O método possibilita a identificação da doença em menor tempo que o teste convencional”, informou o Ministério da Saúde.
A principal forma de prevenção contra a doença é a vacinação. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o imunizante, que deve ser aplicado em crianças recém-nascidas ou até os 5 anos de idade.
O objetivo do governo federal é reduzir a incidência de casos para menos de 10 registros por 100 mil habitantes e menos de 230 mortes por ano, até 2035. “Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais para que a gente consiga atingir esse objetivo”, ressaltou o ministro da Saúde interino, Rodrigo Cruz.