Brasil receberá 8 milhões de doses de vacina a menos em março
Ministério da Saúde informou, na quinta-feira (4/3), que receberá 38 milhões de imunizantes neste mês. Previsão do governo era de 46 milhões
atualizado
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O Ministério da Saúde prevê a entrega, ao longo deste mês, de aproximadamente 38 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus. O número é 17,4% menor do que o divulgado em fevereiro, quando a pasta anunciou a entrega de 46 milhões de doses.
Os dados sobre a entrega de vacinas foram atualizados na quinta-feira (4/3) e constam no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Das doses que tiveram a entrega atrasada, cerca de 4 milhões são da vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que seriam importadas da Índia.
As doses seriam entregues ainda neste mês, mas não devem chegar a tempo e, portanto, tiveram o prazo adiado para abril.
Estavam previstas outras 12,9 milhões de doses da vacina que seriam produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – dentre as quais apenas 3,8 milhões devem ser entregues. Nesse caso, a baixa foi causada pelo atraso da chegada de insumos do imunizante vindos da China.
Em nota, a Fiocruz esclareceu que o número total de doses a serem entregues ao PNI depende do cumprimento de todas as etapas iniciais de produção e requisitos de qualidade.
“Somente após os resultados dos lotes de validação e liberação pela Anvisa é que será possível precisar as datas e quantitativos a serem disponibilizados para o PNI”, esclareceu.
Além disso, o Ministério da Saúde contava com a chegada de 400 mil doses da vacina russa, a Sputnik V. No total, o governo trata da entrega de 10 milhões de doses do imunizante produzido pelo Instituto Gamaleya, a serem entregues entre abril e junho.
Por outro lado, a entrega de vacinas da Coronavac em março será maior, se comparada à previsão publicada no mês passado. Inicialmente, o governo informou que 18,1 milhões de doses seriam entregues neste mês. Agora, a pasta federal da Saúde elevou a projeção para 22,7 milhões.
Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou sobre o atraso. O espaço segue aberto.