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Brasil quer instruções da Bolívia sobre fechamento da fronteira

Órgãos de fiscalização e controle que atuam em Corumbá aguardam esperam orientação para controlar o fluxo migratório entre os dois países

atualizado

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Mesmo após o anúncio do governo brasileiro em relação ao fechamento das fronteiras para combater o avanço do novo coronavírus, os órgãos de fiscalização e controle que atuam nessas áreas em Corumbá (MS) ainda aguardam algumas medidas para orientar e controlar o fluxo migratório entre os dois países. O cenário na região pantaneira e do lado boliviano ainda é considerado calmo.

Segundo o auditor fiscal da Receita Federal em Corumbá, Hermano Toscano, que fica na sede do órgão no Posto Esdras, do lado brasileiro, apesar da medida adotada pelo Brasil, é preciso aguardar determinações para que se inicie o controle sanitário do fluxo migratório mais rígido na região.

“Até o momento, não recebemos determinação por parte do governo no que poderá ser feito em relação à fiscalização e o controle migratório. Sabemos que a portaria foi publicada, porém, estamos esperando as ações que aqui serão desenvolvidas, onde a princípio estrangeiros estão proibidos de ingressar no Brasil e que essas restrições impostas não afetam o setor de transporte, pois como sabemos, não podemos impedir e ocasionar um desabastecimento em nossa região”, explicou.

Mesmo assim, os trabalhos de fiscalização seguem no Esdras. Servidores da Receita Federal e policiais militares, que ficam de plantão no local, realizam vistoria nos carros que cruzam a linha internacional. Eles usam máscaras e luvas para fazer o trabalho.

Lado boliviano
Já do lado boliviano, a fiscalização e controle estão em um estágio mais avançado e rígido. Isso acontece desde que a presidente Jenaine Añez fez anúncio do pacote de medidas o qual o país andino deveria seguir, incluindo a região de fronteira.

Desde às 17 horas desta quarta-feira (18/03), a Bolívia está em quarentena. O país andino registra 15 casos positivos da doença. Cidades como Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba, La Paz e Oruro, onde se concentra o maior número de casos, ficaram totalmente desertas.

O mesmo clima pode ser visto nas cidades da zona de fronteira com o Brasil. A Polícia Nacional e militares do Exército e da Armada Boliviana, saíram às ruas para alertar sob o cumprimento das medidas do governo. A rotina só voltou ao normal às 5h da manhã desta quinta-feira, 19, onde essas ações devem seguir até o dia 31 de março.

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