Brasil “quer estar” com China, EUA, Venezuela e Argentina, afirma Lula
O presidente Lula participou da cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco e falou da política externa brasileira
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta segunda-feira (16/9), da cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio Itamaraty. Durante discurso, o chefe do Executivo ressaltou a diversidade das relações exteriores do Brasil e afirmou que o país quer estar ao lado de todas as nações, mas de forma “soberana e respeitável”.
“O Brasil nunca teve, em nenhum momento da sua história, a relação que o Brasil tem hoje. Nós não temos nada contra nenhum país, nada”, destacou o presidente em sua fala.
“Não temos nada contra os Estados Unidos, mas somos soberanos. Não temos nada contra a China, mas somos soberanos. O Brasil quer estar com a China, com a Índia, com os Estados Unidos, com a Venezuela, com a Argentina… Com todo mundo, agora, de forma soberana, respeitável. Porque nós não aceitamos ser menor do que ninguém”, pontuou o petista.
Lula também citou os conflitos no Oriente Médio e no leste europeu e voltou a reafirmar que o país não vai contribuir com as guerras. Na última semana, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesky, fez críticas ao posicionamento do governo brasileiro frente ao conflito com a Rússia. A declaração foi dada em entrevista ao Metrópoles.
“Nunca o mundo viu o Brasil com tanta importância. Não é só por causa do agronegócio, não é só por causa do minério de ferro, não é só por causa da soja ou por causa da carne. É porque o Brasil, em se tratando de energia, é um país imbatível”, reforçou Lula.
“Por isso, é importante o Brasil não participar da guerra da Ucrânia e da Rússia, por isso é importante o Brasil dizer que nós queremos paz, não queremos guerra. Aqueles que querem conversar conosco agora poderiam ter conversado conosco antes de começar a guerra”, disse.
Ele ainda mencionou o que chamou de “massacre” na Faixa de Gaza. “Por isso nós repudiamos o massacre contra mulheres e crianças na Palestina, da mesma forma que repudiamos o terrorismo do Hamas. Mas o Brasil prima por uma coisa: nós estamos num continente que gosta de paz e nós queremos paz. Não queremos guerra, porque a guerra não traz benefício”, pontuou.