Brasil piora e fica em 96º lugar no ranking da corrupção de 2021
Avaliado pelo Índice de Percepção da Corrupção, principal indicador do mundo, o país segue abaixo da média global no quesito de integridade
atualizado
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O Índice de Percepção da Corrupção, produzido pela Transparência Internacional e divulgado nesta terça-feira (25/1), mostrou que o Brasil caiu duas posições e permanece abaixo da média global. O documento é o principal indicador de integridade de uma nação no mundo.
O ranking avalia 180 países e territórios com notas de 0 a 100. Quanto maior o número, menor é a corrupção percebida no país.
No ano de 2021, o IPC destacou a relação entre corrupção e abuso de direitos humanos, observando que nações mais corruptas possuem a tendência de reduzir a democracia e os direitos do povo.
Entre os países analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no ano passado. Em 2020, estava na 94ª posição. Com a queda, o país segue abaixo da média global, de 43 pontos, desde 2015. Finlândia, Dinamarca e Nova Zelândia estão nos primeiros lugares, com 88 pontos.
Confira o gráfico abaixo:
O país ficou também abaixo da média dos Brics (agrupamento de países de mercado emergente), de 39 pontos, e bem distante da média dos países do G20 (as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia), de 54 pontos, e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico com 38 países membros, de 66 pontos.
Dos blocos citados, o Brasil não integra apenas a OCDE, que tem o combate à corrupção como um de seus critérios, mas a entrada no grupo é almejada pelo governo.
Em relação a média regional da América Latina e do Caribe, de 41 pontos, o Brasil também fica para trás.
Retrospectiva 2021
Para explicar o posicionamento da nação no ranking, a Transparência Internacional disponibiliza o relatório Retrospectiva 2021, que apresenta os principais acontecimentos do ano, positivos e negativos, no governo federal, Congresso Nacional, Poder Judiciário, na PGR e no Ministério Público e discorre sobre o espaço democrático do país.
Entre os pontos positivos, estão a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir políticas de controle da pandemia do coronavírus e o envio pelo governo federal ao Congresso de um projeto de lei para regulamentar o lobby.
Nos negativos, se encontram os “esquemas de macro corrupção no Ministério da Saúde, apontados pela imprensa e pela Comissão Parlamentar de Inquérito, no contexto da tragédia humanitária da Covid” e os “ataques frontais do presidente Bolsonaro contra instituições eleitorais e ameaças ao Supremo Tribunal Federal e seus membros elevam gravemente o risco de ruptura democrática”.
Confira o documento na íntegra por este link.