Brasil tem postura firme e quer pacificação na Venezuela, diz Padilha
Em entrevista, ministro de Lula afirma que o presidente mantém postura correta do Brasil acerca de conflito ao não se precipitar
atualizado
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Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (31/7), que o Brasil tem uma “postura firme” e não precipitada diante da crise política que aflinge a Venezuela desde a reeleição de Nicolás Maduro, divulgada na segunda-feira (29/7).
O objetivo é que, junto de nações como Colômbia, México e Estados Unidos, o país atue para que a situação seja reolvida de forma pacífica.
“Postura do Brasil é decidiva e foi decisiva para ter eleições [na Venezuela], foi decisiva para que a oposição pudesse participar das eleições. Brasil foi um mediador desde o início”, disse Padilha.
Durante entrevista ao programa oficial Bom Dia, Ministro, ele afirmou que o país deseja que os vizinhos “estejam em paz, sem conflitos porque se eles estiverem bem na economia […] quem mais ganha é o Brasil”, afirmou, em referência ao comércio exterior com países da América Latina.
De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém uma postura correta acerca do conflito regional ao não se precipitar “em fazer manifestações a favor de nenhum lado”.
Brasil aguarda atas venezuelanas
Além disso, Lula estaria aguardando a divulgação de atas detalhadas do processo eleitoral venezuelano para se posicionar sobre o processo eleitoral.
“O presidente Lula deixou muito claro, por meio de notas oficiais divulgadas pelo Itamarty, que ele aguarda as atas. Os maiores países do nosso cotinente estão tendo essa postura, porque essa é a postura correta de quem quer ajudar a pacificar a situação e [a postura correta para] resolver um conflito. É a psotura de quem está preparado para ajudar com mediação”, consolidou Padilha.
Posicionamento do PT
O Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu a vitória do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Em nota publicada na segunda-feira (29/7) e assinada pela Executiva Nacional da sigla, o partido saudou o povo venezuelano pelo processo eleitoral no país, que chamou de “uma jornada pacífica, democrática e soberana”.
“Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolás Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela”, destaca trecho da nota.
Ao ser questionado se o Partido dos Trabalhadores teria errado em seu posicionamento, Alexandre Padilha reforçou a autonomia da sigla, declaração que já havia sido feita pelo presidente da República. “O PT tem autonomia. Até pelo presidente Lula ser uma pessoa democrática, os partidos tem autonomia. E vice-versa”, pontuou Padilha.