Brasil não teve eclipse, mas terá “Cometa do Diabo”. Entenda
O “Cometa do Diabo” será visível em diversas regiões do Brasil. Fenômeno deve ocorrer em 21 de abril
atualizado
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Depois do eclipse solar total no hemisfério norte, ocorrido na segunda-feira (8/4), o “Cometa do Diabo” faz presença ilustre no céu do hemisfério sul. O fenômeno, previsto para acontecer no dia 21 deste mês, estará visível a olho nu no planeta Terra após 71 anos.
Desta vez, os presentes em território brasileiro conseguirão assistir ao espetáculo. Para quem deseja testemunhar a passagem do cometa, a dica é virar-se para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do Sol.
O horário de maior visibilidade varia de acordo com a região do país. No Norte, especialmente no Acre, os observadores terão a chance de avistá-lo até por volta das 19h50, devido à localização privilegiada do estado no extremo oeste do país.
Já no Nordeste, entre 17h45 e 18h20, os olhares estarão voltados para o espetáculo celeste. No Rio de Janeiro, a visão será possível até as 18h20.
Devido à proximidade com a Linha do Equador, as regiões Norte e Nordeste terão uma vantagem inicial para observar o cometa antes do restante do Brasil.
Por que “Cometa do Diabo”?
O céu noturno sempre foi palco para as mais diversas narrativas e lendas, e, entre elas, o “Cometa do Diabo”. Mas por que esse nome? A resposta reside em uma história que remonta séculos.
Oficialmente conhecido como 12P/Pons-Brooks, o cometa ganhou o apelido peculiar devido à sua aparência única. Ele tem três vezes o tamanho do Monte Everest.
Descoberto em 1812 pelo astrônomo francês Jean-Louis Pons, sua característica mais marcante é uma cauda de gás e poeira que, quando próximo ao Sol, assume a forma de um chifre, daí o nome “Cometa do Diabo”.
Apesar do apelido sinistro, a Nasa, agência espacial americana, assegura que não há nenhum risco de colisão do “Cometa do Diabo” com a Terra.