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Brasil é o 4º país da América do Sul no ranking de doses de reforço

Para especialista, demora para início da campanha de vacinação e ataques de Bolsonaro aos imunizantes atrapalham o reforço vacinal

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Vacinação
1 de 1 Vacinação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Brasil é o quarto país na América do Sul em total de população proporcionalmente vacinada com o reforço contra a Covid-19. A nação está atrás de Chile, Argentina e Uruguai na corrida contra a nova onda de infecções provocadas pela variante Ômicron.

Desde que o reforço contra a doença foi autorizado pelo Ministério da Saúde, em setembro do ano passado, 57 milhões de pessoas receberam a dose adicional dos imunizantes no país.

Por aqui, ao menos 26,4% dos cidadãos já tomaram a 3ª dose, contra 68,6% dos moradores do Chile, país líder no ranking na região. Os números são proporcionais ao total da população de cada nação, para que as comparações entre locais com mais, ou menos habitantes, consigam ser realizadas.

Uruguai e Argentina aparecem em segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 54,3% e 33,3% de vacinados com mais de duas doses. Para realizar este levantamento, o (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, analisou os números disponibilizados pela plataforma Our World in Data.

Veja a seguir como está a vacinação no continente:

O infectologista Marcelo Daher, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avalia que a principal razão para o baixo número de vacinados com a 3ª dose vem de um problema inicial na campanha de imunização contra a doença: a demora na aquisição de vacinas pelo governo brasileiro. “Entramos tardiamente nessa luta e acabamos ficando para trás”, disse.

Líder no ranking, o Chile começou a dar doses de reforço um mês antes do Brasil — a quarta dose também já está autorizada. O país foi o pioneiro na campanha de vacinação no continente, tendo iniciado sua campanha contra a doença em dezembro de 2020.

Além disso, o especialista pontua o aumento no número de infectados pela doença já que, ao ser contaminada, a pessoa deve esperar ao menos quatro semanas do início dos sintomas para tomar a dose de reforço. No dia 3 de fevereiro, o país registrou a maior quantidade de contaminados em toda pandemia; um total de 298.408 notificações, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Outro fator para o atraso vem da forma “governamental”, segundo Daher.

“Temos um presidente que desaconselha a vacinação. Que comprou vacinas, mas que sempre desestimulou a população a tomá-las. Isso causa dúvidas nas pessoas e descrédito nos imunizantes”, afirma.

O episódio mais recente de ataque à ciência pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) veio depois da autorização do uso da vacina em crianças. Logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar os imunizantes para o público infantil, o chefe do Executivo chegou a dizer que o órgão teria “segundas intenções“.

Saiba qual é a importância da 3ª dose da vacina contra a Covid-19:

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

Hugo Barreto/Metrópoles
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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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