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Brasil deve “tirar proveito da crise internacional”, diz Lula na CNT

Candidato do PT ao Planalto também disse reforma tributária seria complexa de aprovar e sugeriu mudanças “ponto por ponto”

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Hugo Barreto/Metrópoles
Lula na UnB
1 de 1 Lula na UnB - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O candidato do PT à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira (28/7) a empresários do setor de transportes que pretende se dedicar a “três palavras mágicas” caso seja eleito: “credibilidade, estabilidade e previsibilidade”.

O petista é o primeiro candidato a participar do Fórum da Confederação Nacional de Transportes (CNT) de Diálogos com os Presidenciáveis. Lula recebeu dos dirigentes da CNT um caderno de propostas para o setor, pedindo, por exemplo, “previsibilidade” no preço dos combustíveis.

Em seu discurso, Lula disse aos empresários que “o Brasil retrocedeu”. Para o petista, “a indústria naval acabou, a ferrovia andou menos do que poderia andar, as rodovias andaram menos do que deveriam e nós vamos ter que começar não tudo de novo, mas como se fosse um posto de gasolina: o país está sob nova administração”.

Lula também disse que o Brasil deveria “tirar proveito da chamada crise internacional”, se colocando “como solução para quem está em crise”.

“A China está em crise com os EUA? Vamos nos colocar à disposição da China para enfrentar os EUA. Os EUA estão em crise com a China? Vamos nos colocar à disposição dos EUA para enfrentar a China. o Brasil tem que tirar proveito do seu potencial”, discursou.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

Reforma fatiada

O ex-presidente também falou sobre Reforma Tributária aos empresários. Ele disse que pactuou um texto com governadores e setor produtivo em 2007, quando era presidente, mas que o Congresso travou a tramitação.

“Não sei se devemos falar sobre reforma tributária, que é uma coisa complexa. Quem sabe a gente pega os pontos cruciais e, ponto por ponto, a gente possa fazer com que aconteça no Brasil um modelo de tributação que possa satisfazer a todas as pessoas. Tanto a quem produz quanto a quem consome”, afirmou.

Agendas em Brasília

Lula está em Brasília essa semana para eventos e encontros com lideranças políticas.

Mais cedo, nesta quinta, ele esteve na Universidade de Brasília (UnB), onde participou da 74ª Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e criticou o que chamou de “apagão científico” promovido pelo governo Bolsonaro.

“E o resultado mais trágico do apagão científico que estamos vivendo hoje é a morte de mais de 600 mil pessoas pela Covid-19. O atual governo chegou ao cúmulo de boicotar as vacinas que salvaram milhares de vidas ao redor do mundo”, criticou.

No mesmo evento, Lula rebateu as frequentes provocações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que cita episódios de corrupção envolvendo os governos petistas. “Me parece que ele não sabe a família que ele tem”, disse Lula.

O ex-presidente afirmou que o “atual governo colocou o Brasil em uma máquina do tempo rumo ao passado”. “Corrupção, desemprego, fome, ameaça a democracia são as marcas desse desgoverno que nega a ciência”, disse.

Na sexta-feira (29/7), o presidenciável participa da convenção partidária do PSB, que deve aprovar a candidatura a vice de Geraldo Alckmin na chapa com o petista.

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