Brasil não enviará 1º escalão do governo à cúpula de paz na Suíça
Governo Lula decidiu enviar embaixadora brasileira na Suíça para representar o Brasil na cúpula da paz sobre Rússia e Ucrânia
atualizado
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Após meses de mistério, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu quem vai representar o Brasil na cúpula da paz organizada pela Suíça para discutir a guerra entre Rússia e Ucrânia. A embaixadora brasileira em Berna, Cláudia Fonseca Buzzi, foi a escolhida para participar do encontro, que ocorre neste fim de semana, como observadora.
Anteriormente, o Planalto havia confirmado que o presidente Lula não participaria da reunião, mas não informou quem representaria o Brasil na cúpula.
Havia a expectativa de que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fosse à Suíça para o encontro. Brasília, no entanto, decidiu não enviar representantes do primeiro escalão do governo Lula para a reunião.
A informação de que Cláudia Fonseca será a representante brasileira é do governo da Suíça, que divulgou nesta sexta-feira (14/6) a lista de Estados que vão participar da cúpula. O governo brasileiro, no entanto, não se manifestou sobre o assunto até o momento.
Anteriormente, Lula havia declarado que não considera participar de negociações de paz que não envolvam os dois lados do conflito. A postura do presidente brasileiro foi reiterada durante reunião bilateral com a presidente da Suíça, Viola Amherd, nessa quinta-feira (13/6).
A anfitriã do evento voltou a convidar o líder brasileiro para a reunião, mas Lula reafirmou que uma solução para a guerra precisaria envolver Rússia e Ucrânia.
“O presidente cumprimentou a Suíça pela organização da Conferência, mas reiterou a posição do Brasil, de que uma solução para a crise demandaria a participação de representantes dos dois lados do conflito. E reiterou o interesse do Brasil de participar e ajudar a viabilizar discussões de paz entre as duas partes”, informou o Planalto em nota.
A postura de Lula desde que assumiu o terceiro mandato presidencial tem sido criticada pelo líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, que chegou a questionar, no fim de maio, como o presidente brasileiro podia estar “do lado agressor”, se referindo a Rússia.