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Brasil, Colômbia e México voltam a cobrar dados de votos na Venezuela

A cobrança, desta vez, partiu dos ministros das Relações Exteriores, que pedem mais transparência no processo eleitoral da Venezuela

atualizado

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Imagem colorida mostra Nicolás Maduro segurando a Constituição da Venezuela União Europeia não reconhece vitória - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Nicolás Maduro segurando a Constituição da Venezuela União Europeia não reconhece vitória - Metrópoles - Foto: Jesus Vargas/Getty Images

Após uma primeira cobrança feita por presidentes de seus países, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Colômbia e México, divulgaram nesta quinta-feira (8/8) um segundo comunicado conjunto em relação às eleições presidenciais na Venezuela, realizadas em 28 de julho, pedindo mais transparência no processo eleitoral do país latino.

O comunicado destaca a necessidade de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) apresente os resultados das eleições de maneira detalhada “desagregados por mesa de votação”.

Os ministros observaram que uma ação foi iniciada perante o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) em relação ao processo eleitoral, mas afirmaram que o CNE, por mandato legal, é o órgão responsável pela divulgação transparente dos resultados.

Respeito à soberania popular

Os três países também reforçaram a importância de uma verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio da soberania popular.

Além disso, fizeram um apelo para que os atores políticos e sociais da Venezuela exerçam cautela e moderação em manifestações e eventos públicos, e pediram às forças de segurança que garantam o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei.

“O respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”, diz trecho da nota.

Os ministros reafirmaram o respeito à soberania e à vontade do povo venezuelano e destacaram que as soluções para a crise atual devem emergir de dentro da própria Venezuela.

Eles anunciaram que continuarão as conversas de alto nível e reiteraram seu compromisso em apoiar esforços de diálogo que contribuam para a estabilidade política e a democracia no país.

Cobrança dos presidentes

Há exatamente uma semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, para discutir a situação na Venezuela após a reeleição de Nicolás Maduro em uma eleição contestada por parte da comunidade internacional.

Em nota conjunta, divulgada após a conversa entre os chefes de Estado, os três países voltaram a cobrar uma maior transparência na verificação dos votos da eleição que teve Nicolás Maduro saindo vitorioso.

Os três presidentes pediram, ainda, “máxima cautela” a atos políticos e sociais durante manifestações na Venezuela, “a fim de evitar uma escalada de episódios violentos”.

Assim como em outras manifestações, Lula, Petro e Obrador voltaram a cobrar “respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela”, e se mostraram dispostos a contribuir na busca por uma solução para a crise política desencadeada no país.

“Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano”, disse um trecho da nota.

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