Brasil avalia alternativas para doações à Venezuela, diz Denarium
O planejamento incluía a PRF e a PM como responsáveis pela escolta de segurança dos caminhões até a fronteira
atualizado
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A decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de fechar a fronteira com o Brasil, a partir de hoje (21/2) à noite, pode alterar os planos de entrega da ajuda humanitária prevista para sair de Roraima em direção ao país vizinho. Porém, o governador de Roraima, Antonio Denarium, acredita que existam alternativas para garantir que a ajuda humanitária, preparada pelo Brasil, chegue aos venezuelanos. Uma das hipóteses envolve a vasta fronteira entre os dois países.
“Se os caminhões não conseguirem ultrapassar a fronteira, acredito que essa ajuda humanitária possa ser feita no próprio Brasil. [As pessoas] atravessariam porque a fronteira é seca. São 1,8 mil quilômetros de fronteira, não acredito que isso será empecilho fazer a distribuição”, disse o governador à Agência Brasil.
No anúncio, Maduro diz que fechará a fronteira a partir das 20h (21h de Brasília) desta quinta-feira. Até o início do dia de hoje, o plano do governo brasileiro, coordenado pelo Itamaraty, era carregar os caminhões venezuelanos com alimentos e remédios em Boa Vista no sábado (23) e escoltá-los até Pacaraima (Roraima).
O planejamento incluía a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar como responsáveis pela escolta de segurança dos caminhões até a fronteira. Mas os governos federal e estadual podem rever a estratégia de entrega da ajuda humanitária.
O governo brasileiro havia anunciado na última terça-feira (19) a decisão de enviar ajuda à Venezuela. A ação é uma cooperação com os Estados Unidos e a Colômbia, que também pretendem enviar mantimentos, a pedido do opositor de Maduro, e presidente autoproclamado do país, Juan Guaidó.
O presidente interino Juan Guaidó prepara para sábado (23) um grande evento de distribuiçãod e ajuda humanitária. Nesta data completa um mês que ele se autoproclamou “presidente encarregado”. Para o Brasil e vários outros países, incluindo os Estados Unidos, Guaidó é o presidente legítimo da Venezuela.