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Brasil assina 37 acordos com a China, mas deixa Rota da Seda fora

Assinatura de acordos ocorreu em visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, nesta semana

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Presidentes Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos bilaterais e Brasil anuncia entrada na Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como a Nova Rota da Seda Metropoles 6
1 de 1 Presidentes Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos bilaterais e Brasil anuncia entrada na Iniciativa Cinturão e Rota, mais conhecida como a Nova Rota da Seda Metropoles 6 - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O Brasil e a China firmaram um total de 37 acordos nesta quarta-feira (20/11), durante a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília. Os temas incluem aberturas de mercado para produtos agrícolas, intercâmbio educacional, cooperação tecnológica em várias áreas, comércio e investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.

O Brasil não aderiu à Nova Rota da Seda, chamado de Cinturão e Rota, o trilionário programa de investimentos chinês que envolve desenvolvimento de infraestrutura e investimentos em países da Europa, Ásia e África. Há apenas um protocolo sobre “sinergias”, mas o Brasil não aderiu plenamente à iniciativa.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Este encontro visa aproximar ainda mais os dois países. Esta é a terceira visita de Xi Jinping ao Brasil. Ele esteve no território brasileiro em 2014, no governo Dilma, e em 2019, no governo Bolsonaro.

Na declaração à imprensa, Lula destacou que os dois países vão estabelecer “sinergias” entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica, e a Iniciativa Cinturão e Rota.

“Para dar concretude às sinergias, uma Força-Tarefa sobre Cooperação Financeira e outra sobre Desenvolvimento Produtivo e Sustentável serão estabelecidas e deverão apresentar projetos prioritários em até dois meses”, disse ele.

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Xi passou pelo Rio de Janeiro para participar da reunião de cúpula do G20, presidido em 2024 pelo Brasil, e desembarcou em Brasília na tarde de terça-feira (19/11), recepcionado por ministros do governo Lula.

Nesta quarta, ele foi recebido com honras militares no Palácio da Alvorada por Lula e pela primeira-dama Janja. Segurando bandeiras, crianças chinesas que moram no Brasil receberam os chefes de Estado. Houve ainda uma apresentação musical e a execução dos hinos nacionais dos dois países.

Na reunião ampliada no Alvorada realizada nesta manhã, participaram pelo Brasil o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Comunicações), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).

Também estiverem presentes o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais Celso Amorim, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, o presidente indicado ao Banco Central (BC) Gabriel Galípolo, e o embaixador do Brasil na China, Marcos Bezerra Abbott Galvão.

A ex-presidente do Brasil e presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, também acompanha a agenda.

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