Braga Netto diz que nomeou Rivaldo por “questões burocráticas”
Rivaldo Barbosa foi preso pela Polícia Federal (PF) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco
atualizado
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O general Walter Souza Braga Netto, ex-interventor na segurança pública do Rio de Janeiro, alegou que a indicação do delegado Rivaldo Barbosa para o comando da Polícia Civil do Estado foi feita pelo secretário de Segurança Pública do Rio à época. A nomeação foi assinada pelo próprio Braga Netto. Segundo ele, isso ocorreu por “questões burocráticas”.
Rivaldo foi preso na manhã deste domingo (24/3) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. O delegado assumiu a Polícia Civil um dia antes do crime, em 13 de março de 2018.
O caso aconteceu durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, determinada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em que Braga Netto era responsável pelas ações no território fluminense.
“A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a de Defesa Civil e Penitenciária”, informou Braga Netto por meio de nota publicada na rede social X, antigo Twitter.
O general Richard Fernandez Nunes era comandante da pasta na época. No entanto, a nomeação saiu com consentimento de Braga Netto no Diário Oficial do Rio de Janeiro. O militar destaca que assinou a indicação apenas por questões burocráticas.
“Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal, que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ”, enfatizou o militar.
Segundo a Polícia Federal (PF), Rivaldo Barbosa teria atuado para impedir que os mandantes dos homicídios fossem revelados. Ele está preso na Penitenciária Federal de Brasília.