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Braço direito de Haddad critica “competição” na ajuda ao RS

Secretário-executivo de Haddad, Dario Durigan defendeu cooperação federativa entre os entes nas respostas à crise no RS

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Dario Durigan, ministro interino da Fazenda, durante discurso - Metrópoles
1 de 1 Dario Durigan, ministro interino da Fazenda, durante discurso - Metrópoles - Foto: Washington Costa/MF

O secretário-executivo do ministro Fernando Haddad, Dario Durigan, defendeu nesta segunda-feira (27/5) uma “cooperação federativa” entre os entes nas respostas à crise no Rio Grande do Sul. Ele salientou que não pode haver uma “competição” entre os governos no anúncio das medidas de socorro à população gaúcha.

Durigan defendeu uma “sensibilização conjunta dos líderes da nação” e afirmou que o lançamento de 15 ou 16 programas — de forma separada pelos municípios, pelo estado, pelo governo federal e pelo Congresso — seria “indesejável”. Segundo ele, isso poderia ser visto como uma tentativa de “protagonismo” de cada ente na resposta.

As declarações foram dadas em sessão de debates sobre a catástrofe no estado, no plenário do Senado Federal.

De acordo com ele, nesse tipo de aconteceu, o primeiro elemento a ser observado é não “fazer chacota”, mas agir com “compromisso” e “seriedade” na resposta.

“O segundo elemento: a cooperação federativa aqui é maior. A Federação brasileira não deve ser vista como competição, mas sim como cooperação entre entes, em que cada um tem uma força, cada um tem um orçamento, cada um tem uma competência constitucional, e é preciso harmonizar essas atuações em benefício — sempre em benefício — da população brasileira”, disse Durigan.

Tem havido uma disputa entre o governo estadual e o federal. Em meados de maio, o presidente Lula (PT) nomeou o então titular da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta (PT), como ministro extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul.

A indicação de Pimenta não foi previamente comunicada ao governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), que foi pego de surpresa, e no início o ministro não tinha gabinete para despachar no estado, o que mostrou falta de coordenação entre os governos. Dias depois, um decreto estabeleceu lotação do ministro na capital federal, enquanto os demais funcionários do ministério deverão atuar diretamente em Porto Alegre.

Houve resistência de deputados, senadores e lideranças políticas gaúchas à indicação de Pimenta para o ministério, vista como uma tentativa de Lula de politizar a tragédia no Rio Grande do Sul. O petista é possível candidato a governador do estado em 2026.

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Na sessão no Senado, Durigan ainda destacou o pacote de medidas adotadas pelo governo Lula, que envolve a antecipação de FGTS e do seguro-desemprego e a suspensão da dívida do estado com a União por três anos. “A gente precisa pensar em como seguir fazendo isto: ter responsabilidade com o Orçamento da União, mas sem deixar de atender ao Estado do Rio Grande do Sul e aos outros estados que passarem por essa situação”, afirmou.

Em seguida, ele saiu em defesa do Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda.

“O ministro Haddad tem falado disso muito antes dos desastres, a gente precisa olhar. O mundo mudou, a gente precisa olhar para o mundo com outro cuidado e com uma outra visão estratégica. As nossas finanças hoje têm que ter um olhar especial para a sustentabilidade, por isso a gente discute mercado de carbono”, continuou.

Tragédia no RS

Até o momento, segundo o último boletim da Defesa Civil estadual divulgado na manhã desta segunda, 169 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul há cerca de um mês. Há ainda 56 desaparecidos e 806 feridos.

Mais de 581 mil pessoas estão desalojadas e há 55,8 mil em abrigos. No total, 469 municípios gaúchos foram afetados.

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