Boulos vai a Portugal reunir esquerdas por liberdade de Lula
O pré-candidato à Presidência pelo PSol destacou a importância da união neste momento “de atentado à democracia”
atualizado
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Enviadas especiais a Curitiba (PR) – Pré-candidato à Presidência da República pelo PSol, Guilherme Boulos esteve, na manhã desta quarta-feira (11/4), no acampamento montado próximo à Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso. Durante a visita, ele falou com a militância e reafirmou que, apesar de disputar o Palácio do Planalto com o petista, sabe da importância da união das esquerdas neste momento “de atentado à democracia”.
Por esse motivo, ainda nesta tarde, Boulos viajará para Portugal, onde promete participar de um encontro pela liberdade de Lula. “A gente está criando agora uma rede de apoio internacional. É preciso haver uma pressão internacional em relação a essa injustiça. Estou embarcando hoje à tarde para Portugal, onde haverá um seminário com vários partidos de esquerda da Europa amanhã [12]”, afirmou.
Segundo ele, por lá, “estão todos muito preocupados com a democracia no Brasil”. “Já conversamos com partidos da Espanha, da França. Estamos em contato ainda com o bloco de esquerda de Portugal, com a Frente Ampla, do Chile”, completou. Além de Boulos, a também pré-candidata à presidência da República Manuela D’Avila (PCdoB) visitará diversas cidades para denunciar que “Lula é um preso político”.A ex-presidente Dilma Rousseff também iniciou turnê pelo mundo a fim de mostrar “a injustiça” e que “Lula é um preso político”. O périplo começou nessa terça (10), na Espanha, quando ela falou ao público na Casa de América, em Madri. Nesta quinta (12), a petista irá ao Colégio de Advogados, em Barcelona.
Da Europa, Dilma partirá para os Estados Unidos, onde fará conferências em universidades da Califórnia. Primeiro em Berkeley, em 16 de abril; depois em Stanford, no dia seguinte; e, por fim, em San Diego, no dia 18.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso desde a noite do último sábado (7), quando se entregou à Polícia Federal para começar a cumprir a pena de 12 anos e 1 mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Triplex do Guarujá.