metropoles.com

Boulos sobre início da segunda gestão de Bruno Covas em SP: “Trágico”

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Guilherme Boulos fala sobre pandemia no Brasil, política em São Paulo, eleições em 2022 e mais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Metrópoles
Metrópoles Entrevista com Guilherme Boulos
1 de 1 Metrópoles Entrevista com Guilherme Boulos - Foto: Metrópoles

Derrotado no segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo (SP), Guilherme Boulos (PSol) classificou, em entrevista ao Metrópoles, o início da segunda gestão de Bruno Covas (PSDB) como “trágico”. “O que eu tenho visto na cidade, além do agravamento da crise, é um cenário de indignação. As pessoas se sentem enganadas”, afirmou (confira a partir de 6’41”).

“Numa pandemia, com milhões de desempregados, a primeira medida do prefeito é aumentar o seu próprio salário em 40%. Isso é um escárnio com a sociedade. É um tapa na cara”, disse.

Boulos criticou outras medidas da prefeitura, como a instalação de pedras sob viadutos para afastar moradores de rua. “As pessoas sem ter onde morar, chegando ao drama de morar na rua, estender o colchão embaixo de um viaduto para não tomar chuva. E a postura da prefeitura, ao invés de estabelecer um programa habitacional, é meter pedra pontuda debaixo do viaduto para as pessoas não poderem ficar lá. É dramático”, afirmou (7’50”).

Boulos também condenou a suspensão da gratuidade para idosos de 60 a 65 anos no transporte público paulistano. “O governo de Bruno Covas, esses dois primeiros meses, podem ser definidos em uma palavra: trágico”, avaliou (9′).

Boulos também falou sobre o Renda Básica Emergencial, projeto da Prefeitura de São Paulo que prevê o pagamento de R$ 100 para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Eles não estão pagando. Mas mesmo que paguem, vamos combinar aqui, o que é R$ 100? Considerando o custo de vida da cidade de São Paulo, você não compra uma cesta básica”, afirmou (9’40).

Para o político do PSol, com a adoção de medidas restritivas para conter a pandemia de Covid-19 no estado de São Paulo, é necessária a oferta de auxílios aos empresários paulistas. “É preciso dar alternativas para as pessoas, sobretudo para os pequenos empresários. Não adianta você fechar tudo e deixar as pessoas à própria sorte”, disse (18’15”).

Na entrevista, Boulos comentou as articulações do governo federal e do Congresso Nacional para a criação de um novo auxílio emergencial. “O Bolsonaro está estabelecendo fascismo de coalizão, é uma coisa nova. É a reunião de autoritários corruptos e o mercado financeiro. Não há de se colocar qualquer tipo de contrapartida do ponto de vista de retirada de direitos”, afirmou.

Candidato do PSol à Presidência da República em 2018, Boulos disse estar trabalhando na construção de uma frente de esquerda para a próxima disputa eleitoral. “O meu papel e do partido nas eleições presidenciais é fortalecer a busca de uma unidade. Vamos buscar chegar de forma conjunta em 2022. Agora, isso não depende só da gente, depende da mesma disposição de outros atores políticos da esquerda. É evidente que se não avançar para uma unidade, o PSol pode lançar uma candidatura própria.”

Confira a entrevista:

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?