Boulos sobre atos antidemocráticos: “Uma coisa é pacificação, outra é anistia”
Deputado federal eleito por São Paulo Guilherme Boulos defendeu que financiadores de protestos respondam “no banco dos réus”
atualizado
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O deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSol-SP) comentou, nesta quinta-feira (10/11), sobre os atos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que se negam a aceitar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu a eleição presidencial e, por isso, pedem intervenção militar.
“Uma coisa é pacificação do país, que é necessária e temos de trabalhar por ela, outra coisa é anistia. Aí, eu sou contra”, defendeu. O paulista foi entrevistado pelo Boletim Metrópoles 2ª edição.
Boulos argumentou que a pacificação que o país espera “não pode significar nem leniência, nem esquecimento”, uma vez que os protestos que pedem intervenção militar configuram crime. “Isso não é a minha opinião, é a legislação”, pontuou.
“Eu sou a última pessoa do mundo que falaria contra protesto, eu sou de movimento social, eu fiz protestos sem parar nos últimos 20 anos. Protesto e manifestação são partes imprescindíveis da democracia, é um sinal de vitalidade da democracia”, explicou.
Boulos defendeu que os financiadores do movimento antidemocrático respondam criminalmente. “Essas pessoas têm de responder, não só esses [manifestantes], que, no meu ponto de vista, estão sendo usados como idiotas úteis, mas quem tem de responder são empresários, igual o ‘Véio da Havan’, que financiou isso e pagou caminhoneiro para ir para lá. Tem de responder no banco dos réus”, defendeu.
Assista a entrevista abaixo: