Boulos expõe divergência sobre atitude de Múcio com acampados em QGs
Ministro da Defesa também avaliou que a prisão do coronel ex-comandante da Polícia Militar foi acertada
atualizado
Compartilhar notícia
O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) acusou nesta segunda-feira (10/1) o Ministro da Defesa, José Múcio, de simpatizar com os bolsonaristas vândalos que invadiram os Três Poderes no último domingo (8/1).
“Eu acho que primeiro cabe ao presidente Lula definir os seus ministros e lidar com os seus ministros. Agora, o ministro Múcio dizer que as manifestações pedindo golpe militar em frente aos quartéis são democráticas, desculpe, mas isso não é a minha opinião, não é a opinião da maioria da sociedade brasileira e, tenho certeza, não é a opinião do presidente Lula”, disse Boulos.
Após as invasões golpistas do domingo (8/1), líderes petistas passaram a pressionar Lula a exonerar Múcio, sob o argumento de que o ministro teria sido “conivente” com os golpistas.
Em sua posse, antes das invasões, Múcio afirmou ser contra a retirada à força dos bolsonaristas das portas dos quartéis. O ministro previa que os golpistas deixariam o local de forma voluntária.
Prisão de Augusto Vieira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele era o responsável pela operação da PM durante atuação nos atos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. O mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Federal (PF) na tarde desta terça-feira.
Sobre a prisão, Boulos avaliou como “necessária”: “Eu acho que é uma prisão necessária. Foi visível para todo o Brasil a coparticipação da Polícia Militar do Distrito Federal nos atos de terrorismo e depredação que nós vimos no domingo. Quem responde pela policia do Distrito Federal tem que responder pelos crimes que foram cometidos”.