Bombou na 3ª: “balela”, “mordaça”, cerco e apoio a Greenwald

Também nesta terça-feira: o presidente Jair Bolsonaro (PSL) continuou a fazer declarações a respeito do desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, ao afirmar que os documentos da Comissão da Verdade ou os produzidos durante a ditadura não comprovariam nada sobre a morte de Fernando. “Nós queremos desvendar crimes. Sobre a questão de 64, não há documentos de ‘matou, não matou’, isso é balela”, afirmou.

As manifestações do presidente sobre o caso causaram indignação também ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que sugeriu a Bolsonaro usar uma “mordaça” para evitar tais comentários. “Tempos estranhos. Aonde vamos parar?”, questionou o ministro.

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Nesta terça, o ministro da Justiça e Segurança Púbica, Sergio Moro, disse que o objetivo da Portaria 666, que veda o ingresso de estrangeiros suspeitos de envolvimento em condutas criminais específicas, como terrorismo, “é basicamente regular exceções já previstas na legislação e proteger a população”. “Nenhum país do mundo, tendo conhecimento, permite que pessoas suspeitas de envolvimento em condutas criminais graves adentrem o seu território. Não se corre o risco, simples assim”, cravou.

Moro não se referiu claramente ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site Intercept Brasil e que divulgou conversas vazadas entre o ex-juiz e procuradores da Lava Jato. Mesmo assim, o norte-americano vem ganhando adeptos a sua causa. Também nesta terça, 800 advogados e juristas assinaram um abaixo-assinado em que defendem a liberdade de imprensa e cobram o afastamento de Moro do cargo de ministro. N0 Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) promoveu evento em desagravo ao jornalista e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), gravou um vídeo para defender a liberdade de imprensa e o sigilo da fonte jornalística.

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