Bombeiros passam a buscar seis pessoas sob escombros de prédio em SP
Até então, a corporação trabalhava oficialmente à procura de Ricardo Pinheiro. Ele deixou de ser resgatado por questão segundos
atualizado
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O desabamento do prédio no centro de São Paulo pode ter consequências mais graves. O Corpo de Bombeiros confirmou que, agora, busca oficialmente seis pessoas. Elas podem estar soterradas desde terça-feira (1º/5), quando um edifício de 24 andares pegou fogo e desabou no Largo do Paissandu.
Até então, a corporação dava como certo que apenas Ricardo Pinheiro poderia estar sob os escombros. Por segundos, ele não foi resgatado por militares. Nessa quinta (3), a perícia da Polícia Civil paulista informou que o incêndio foi provocado por um curto-circuito registrado no quinto andar.
O prédio, de 24 andares, desabou durante um incêndio de grandes proporções. A Igreja Luterana situada ao lado da estrutura que ruiu também pegou fogo. O templo ficou parcialmente destruído e teve de ser interditado.
A única vítima confirmada até agora era resgatada por corda pela equipe de socorro quando a estrutura do edifício foi ao chão. A corda que o prendia se rompeu e o homem caiu. Um bombeiro também se feriu durante o desabamento.
Um edifício vizinho também foi atingido e as chamas se espalharam por dois andares. A estrutura foi esvaziada e interditada. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso é mínimo e não há vítimas deste incêndio.
Devido ao combate às chamas, no trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua Antônio de Godói, os militares recomendam aos motoristas evitarem passar pela região do Largo do Paissandu. Três quarteirões estão fechados.
Investigação
O Ministério Público do Estado de São Paulo determinou que sejam investigadas as causas do acidente, bem como a veracidade dos relatórios técnicos encaminhados pelos órgãos públicos responsáveis pela manutenção e fiscalização do edifício Wilton Paes de Almeida.
A Promotoria de Habitação de Urbanismo havia instaurado, em 24 de agosto de 2015, um inquérito civil para apurar a possível existência de risco no imóvel, que foi arquivado. De acordo com nota do Ministério Público, o caso foi reaberto em virtude dos “gravíssimos fatos ocorridos”.
Com base no alegado na nota, ao longo de dois anos e sete meses de investigação, os órgãos públicos incumbidos de fiscalizar o imóvel, em especial a Defesa Civil de São Paulo e a Secretaria Especial de Licenciamentos, informaram que, a despeito do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estar vencido, não havia risco concreto para fazer a interdição da estrutura.