Bombeiros encontram perna de vítima de desabamento em São Paulo
Parte do corpo foi localizada numa região próxima de onde Ricardo Pinheiro caiu segundos antes de ser resgatado por socorristas
atualizado
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O Corpo de Bombeiros encontrou no início da tarde desta sexta-feira (4/5) parte de um corpo sob os escombros do prédio que desabou na terça (1º5/), no centro de São Paulo. A perna da vítima foi localizada numa região próxima de onde Ricardo Pinheiro caiu quando estava prestes a ser resgatado. Apesar disso, ainda não se pode afirmar que o resto do cadáver seja dele.
O membro inferior foi localizado com o auxílio de cães farejadores da corporação. Além de Ricardo, os bombeiros anunciaram que trabalham nas buscas de outras seis pessoas: Walmir Sousa Santos , 47 anos; Eva Barbosa Lima, 42; Selma Almeida da Silva e os filhos dela, Welder e Wender, ambos de 9 anos.
O prédio, de 24 andares, desabou durante um incêndio de grandes proporções. A Igreja Luterana situada ao lado da estrutura que ruiu também pegou fogo. O templo ficou parcialmente destruído e teve de ser interditado.Um edifício vizinho também foi atingido e as chamas se espalharam por dois andares. A estrutura foi esvaziada e interditada. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso é mínimo e não há vítimas deste incêndio.
Devido ao combate às chamas, no trecho entre a Avenida Rio Branco e a Rua Antônio de Godói, os militares recomendam aos motoristas evitarem passar pela região do Largo do Paissandu. Três quarteirões estão fechados.
Investigação
O Ministério Público do Estado de São Paulo determinou que sejam investigadas as causas do acidente, bem como a veracidade dos relatórios técnicos encaminhados pelos órgãos públicos responsáveis pela manutenção e fiscalização do edifício Wilton Paes de Almeida.
A Promotoria de Habitação de Urbanismo havia instaurado, em 24 de agosto de 2015, um inquérito civil para apurar a possível existência de risco no imóvel, que foi arquivado. De acordo com nota do Ministério Público, o caso foi reaberto em virtude dos “gravíssimos fatos ocorridos”.
Com base no alegado na nota, ao longo de dois anos e sete meses de investigação, os órgãos públicos incumbidos de fiscalizar o imóvel, em especial a Defesa Civil de São Paulo e a Secretaria Especial de Licenciamentos, informaram que, a despeito do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) estar vencido, não havia risco concreto para fazer a interdição da estrutura.