Brumadinho: confirmados sete mortos, cinco feridos e 200 desaparecidos
No total, 51 bombeiros e seis aeronaves estão envolvidos nos resgates. Vale fala em 300 funcionários no local no momento da tragédia
atualizado
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O prefeito de Brumadinho (MG), Avimar de Melo (PV), disse em entrevista à GloboNews que já foram encontrados sete corpos entre os rejeitos da barragem que se rompeu na cidade mineira. A informação foi confirmada depois pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Estima-se que a maioria das vítimas trabalhe para a Vale do Rio Doce, responsável pela barragem Mina Feijão: de acordo com a companhia, no momento da tragédia, 300 funcionários estavam na unidade.
O Corpo de Bombeiros fala em 200 desaparecidos e, por volta das 21h, divulgou que 182 pessoas foram resgatadas com vida: a lista com os nomes está sendo divulgada pela corporação. Além dos bombeiros, a Defesa Civil do estado trabalha no atendimento às vítimas.
Ainda segundo a corporação, o Centro Social do Córrego do Feijão, nas proximidades de um campo de futebol, foi usado para montar a operação. O local está sendo utilizado como área de avaliação e triagem de vítimas para atendimento médico.
O #CidadeAlerta está no ar ao vivo com as principais informações sobre a tragédia em Brumadinho (MG). Assista na @recordtvoficial e no @sigaplayplus: https://t.co/hEj93xVjSb pic.twitter.com/XUM2Vb871R
— Record TV (@recordtvoficial) 25 de janeiro de 2019
De acordo com o governo mineiro, quase 100 bombeiros foram deslocados para a região e o efetivo será dobrado neste sábado (26/1). Seis aeronaves da corporação estão envolvidas nos resgates. Conforme os bombeiros, “às 15h50, o rejeito atingiu o Rio Paraopeba”.
Por volta das 19h, o Hospital João XXXIII, de Belo Horizonte, atualizou o número de vítimas que deram entrada na unidade. Até o momento, cinco pessoas passam por avaliação médica e fazem exames: três mulheres (de 15, 22 e 43 anos) e dois homens (ambos de 55). O quadro é considerado estável e todos estão conscientes.
Trabalhadores
O secretário municipal de Meio Ambiente de Brumadinho, Daniel Hilário, disse ao Estadão/Broadcast Político que a mineradora Vale “não quer passar a relação dos funcionários que trabalhavam na área no momento em que a barragem se rompeu”. Hilário ainda falou que a empresa não quer dar a informação nem ao prefeito do município, Nenen da Asa (PV).
“Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida”, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.
Segundo o presidente da Vale do Rio Doce, Fabio Schvartsman, quando a barragem rompeu havia 300 funcionários da empresa no local (veja localização abaixo).
Desastre
Era por volta das 13h desta sexta (25/1), quando a barragem Mina Feijão rompeu no município mineiro. O desastre espalhou lama pela cidade e fez alguns moradores deixarem as casas – os que residem na parte mais baixa da região. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local montaram gabinete de crise e deslocaram autoridades para a região. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o governador de Minas, Romeu Zuma (Novo), sobrevoarão a localidade da tragédia neste sábado (26).
A Prefeitura Municipal de Brumadinho chegou a pedir, por meio das redes sociais, que a população da cidade mantenha distância do Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco.
Veja imagens e a repercussão da tragédia nas redes sociais:
Fiz uma marcação rápida aqui no Google Earth na área da barragem estourada de #brumadinho agora a tarde. Olha o estrago! A foto da barragem estourada é do corpo de bombeiros. pic.twitter.com/eaYVCfqMur
— Guilherme M.Maciel (@gaguigu) 25 de janeiro de 2019
É assustador a quantidade de lama que desceu da barragem da Vale em Brumadinho. pic.twitter.com/enexjelyIj
— Uai Tevê (@uaiteve) 25 de janeiro de 2019
GENTE TODO MUNDO QUE TÁ NA PARTE DA AVENIDA NO MOMENTO SE POSSÍVEL SAIAM DAÍ AGORA, UMA BARRAGEM DA VALE ROMPEU E ESSA ÁREA CORRE MUITO RISCO, FALO PRA QUALQUER LUGAR PERTO DO RIO
— scar man (@affelipebrandao) 25 de janeiro de 2019