Bombeiros ampliam pontos de buscas por vítimas em Brumadinho
Trabalho das equipes de resgate deve ganhar mais velocidade nas áreas mais próximas à mina, após rompimento de barragem da Vale
atualizado
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A busca pelas vítimas do rompimento de uma das barragens da Vale deve ganhar mais velocidade hoje nas áreas mais próximas da mina do Feijão. Neste domingo (27/1), os trabalhos de rastreamento do Corpo de Bombeiros por terra e pelo ar localizaram três pontos de procura: o refeitório dos funcionários da mineradora, uma pousada e um ônibus, localizado na noite de domingo, bem próximo à estrada que cortava a cidade e foi destruída pela avalanche de lama. O mapa que está sendo usado pelos bombeiros, porém, mostra um número maior de pontos de busca.
Só na manhã desta segunda-feira (28/1), três corpos já foram trazidos para um campo ao lado da igreja da localidade de Córrego do Feijão, vizinha à mina. Uma área foi preparada para receber os corpos, que são recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) imediatamente quando chegam.
Quatro helicópteros e mais de uma centena de homens dos bombeiros e das Polícia Civil e Militar estão envolvidos na operação. Eles retornam de campo cobertos de lama até a cabeça.
Cerca de 21 pessoas estão envolvidas nas buscas em terra. Por segurança e para agilizar as operações, foram divididos em equipes de três. A operação requer muita força. É como se nadassem na lama que, nos locais onde estão entrando, ultrapassa a linha da cintura e faz muita pressão, disseram.
Muitos corpos estão sendo encontrados mutilados. Os bombeiros estão usando pás e serras porque em alguns pontos a lama está mais seca e vários corpos estão presos.
Os trabalhos foram retomados às 4h. De acordo com os últimos dados utilizados, a tragédia já soma 60 mortos, 19 deles identificados. Há ainda 292 desaparecidos e 192 pessoas resgatadas. Esses números não consideram o último corpo trazido para a igreja de Córrego do Feijão.