Bolsonaro volta a anunciar ida da Fórmula 1 ao Rio de Janeiro
Pouco menos de dois meses após falar que o GP sairia de São Paulo, o presidente reafirmou nesta segunda que a prova vai para o RJ
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, na tarde desta segunda-feira (24/06/2019), que negocia a permanência da Fórmula 1 no Brasil, mas com a realização do Grande Prêmio (GP) no Rio de Janeiro, a partir de 2021. No início de maio, ele havia dito que a prova iria para o Rio já em 2020 – mas foi desmentido pelos organizadores da etapa em Interlagos (SP).
Bolsonaro afirmou que a mudança tem como objetivo manter o evento no país, mas se confundiu: “Ninguém está tirando a Fórmula 1 de São Paulo. Ela está permanecendo no Brasil”.
“Seria isso ou a saída do Brasil. Então, a gente entrou num acordo com o senador, nosso governador, com o prefeito Crivella, com o senhor Chase também. Praticamente 99% de chance ou mais de termos a Fórmula 1 no Rio de Janeiro em 2021”, disse o presidente.
O anúncio foi feito ao lado do diretor da Fórmula 1, o americano Chase Carey, no Salão Leste do Palácio do Planalto. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o filho do presidente Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também estavam presentes.
Carey, por sua vez, evitou confirmar a transferência do GP. Disse apenas que os realizadores buscam um lugar ideal para o campeonato, que não se resuma apenas a uma boa pista.
“Nós já temos mais de 1 bilhão de torcedores em todo o mundo. O que queremos é transformar as cidades onde são realizadas nossos campeonatos em cidades que sejam ímãs para visitantes”, explicou.
Witzel disse que, nessa negociação, há colaboração do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e da Câmara de Vereadores, além do apoio do senador Flávio Bolsonaro. “Um projeto muito importante para o desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro”, declarou.
“Ele tem que pensar no Brasil”
Segundo o presidente, a expectativa de público no Rio de Janeiro é de 130 mil pessoas, mais do que o dobro do registrado atualmente em São Paulo. Bolsonaro negou possível desavença com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de quem é aliado, sustentando que a prioridade é “manter a Fórmula 1 no Brasil”.
“Ele tem que pensar no Brasil, não no seu estado. Melhor ficar no Rio do que não ficar em lugar nenhum”, alegou Bolsonaro.