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Bolsonaro tem “fórmula para matar brasileiros”, diz presidente da OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, criticou a desobrigação de máscaras anunciada por Bolsonaro

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Sede OAB
1 de 1 Sede OAB - Foto: Divulgação/OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, disse que Jair Bolsonaro (sem partido) trabalha em uma “fórmula para matar alguns brasileiros”. A afirmação foi publicada nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (11/6).

A fala de Santa Cruz faz referência às declarações que Bolsonaro deu na noite de quinta-feira (10/6). O mandatário mandou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fazer um parecer para desobrigar o uso de máscaras por pessoas que já tiveram Covid-19 e por vacinados.

No Twitter, Santa Cruz criticou a medida. “Ninguém pode dizer que o partido da morte não tem um líder coerente e tenaz no Brasil”, escreveu.

O presidente da República não detalhou como se dará essa “liberação”, já que não há norma federal obrigando o uso de máscaras pela população, mas sim decretos estaduais, municipais ou distritais.

Bolsonaro insistiu também em questionar o número oficial de mortes por Covid-19 no Brasil com base em um levantamento que foi desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a defender a cloroquina como tratamento para a doença, o que não tem comprovação científica.

Veja:

“Estudo”

Após o anúncio de Bolsonaro, o ministro Marcelo Queiroga disse que a desobrigação do uso de máscaras ainda está “em estudos”. O cardiologista afirmou que trabalha em “absoluta sintonia” com o presidente.

“É assim que funcionam as democracias, os regimes presidencialistas. O presidente sempre nos aconselha de maneira muito própria, e eu levo para ele os subsídios para que tenhamos as melhores decisões em relação à saúde pública.”

Questionado se a liberação para não uso de máscara já tem data para acontecer, o ministro disse: “Queremos que seja o mais rápido possível. Para isso, precisamos vacinar a população brasileira e avançar”.

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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
Ministro Marcelo Queiroga
Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília

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Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.

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Orientação da OMS

Com o andamento da imunização, alguns países optaram pela dispensa do uso de máscaras por pessoas vacinadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, pediu cautela aos governos. Segundo a OMS, a dispensa dos cuidados básicos, como o uso do protetor, só pode ocorrer quando não há mais transmissão comunitária da doença e isso não depende apenas da vacinação.

“A pandemia não terminou, há muita incerteza com as novas variantes e precisamos manter os cuidados básicos para salvar vidas”, afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para a Covid-19 da OMS. “No caso de um país que deseja eliminar a obrigatoriedade da máscara, isso só deve ser feito no contexto de considerar tanto a intensidade de transmissão na área quanto o nível de cobertura vacinal”, ressaltou o especialista em emergências da organização, Mike Ryan.

O alerta foi feito no dia seguinte à decisão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que liberaram pessoas totalmente vacinadas da obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre e também em alguns ambientes internos.

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