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Bolsonaro telefona para Gilmar Mendes e fala sobre crise na Receita

Ministro do STF foi um dos alvos de investigação cujo vazamento resultou em uma crise entre integrantes da Corte e a Receita Federal

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) conversou nesta terça-feira (26/2) com o ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes, pelo telefone, sobre o vazamento de investigação com citações a agentes públicos por parte da Receita Federal. O Estadão apurou que o presidente disse que estava preocupado com o ocorrido e pediu ao ministro sugestões de medidas para solucionar a crise.

A conversa foi intermediada pelo secretário especial da Receita, Marcos Cintra, que passou o telefone para Gilmar. Como revelou o Estado, o secretário pediu hoje à Polícia Federal que instaurasse um inquérito para apurar o vazamento dos dados da investigação contra o ministro e outras autoridades.

Além de Gilmar, estão na mira de um grupo especial da Receita Roberta Maria Rangel, mulher do presidente do Supremo, Dias Toffoli.

Assim como no caso de Gilmar, a mulher de Dias Toffoli foi alvo de uma investigação preliminar da Receita Federal. Segundo apurou o Estadão, a análise dos dados não resultou na abertura de um procedimento formal de fiscalização contra os dois. Até 2007, Toffoli foi sócio da mulher no escritório de advocacia Toffoli & Rangel Associados, em Brasília.

Em 2018, a Receita criou a Equipe Especial de Programação de Combate a Fraudes Tributárias (EEP Fraude) com o objetivo de fazer uma devassa em dados fiscais, tributários e bancários de agentes públicos ou relacionados a eles.

Critérios predefinidos
A partir de critérios predefinidos, o grupo chegou a 134 nomes. Da relação constam ainda Blairo Maggi, ex-senador e ex-ministro da Agricultura no governo Michel Temer, o desembargador Luiz Zveiter e o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marcelo Ribeiro.

A inclusão na lista de investigados não significa que o agente público tenha cometido irregularidade, mas que passará por uma análise mais acurada dos auditores fiscais.

No documento em que estão listados os nomes dos alvos, o Fisco diz que “cada situação analisada pode ter uma situação particular, não havendo uma fórmula única nem um conjunto de indícios determinados para decidir-se pela abertura de um procedimento fiscal”.

O Palácio do Planalto foi procurado, mas não retornou até o momento.

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