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Bolsonaro suspende compra de seringas até que preço volte “à normalidade”

Presidente escreveu, em uma postagem, que as unidades da Federação têm estoque suficiente para iniciar a vacinação contra a Covid-19

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Brasília (DF), 13/05/20 Presidente Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada cumprimenta com apoiadores. Local: Palácio da Alvorada Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 13/05/20 Presidente Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada cumprimenta com apoiadores. Local: Palácio da Alvorada Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, nesta quarta-feira (6/1), por meio de uma postagem no Twitter, a tentativa frustrada do governo federal na aquisição de seringas.

Segundo o chefe do Executivo, a compra de seringas foi suspensa devido à alta de preços do produto. “Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, afirmou.

No fim de dezembro, o Ministério da Saúde abriu licitação para adquirir 300 milhões de seringas e assegurar as condições para a vacinação contra a Covid-19, mas só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.

De acordo com o mandatário, ainda que a licitação não tenha sido bem-sucedida, estados e municípios possuem estoque suficiente para o início da campanha, já que, na primeira fase de imunização, a quantidade de vacinas não é grande.

“Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande”, escreveu o presidente.

Bolsonaro também pontuou que o Brasil consome 300 milhões de seringas por ano e é um dos maiores fabricantes do material.

Comparação

Ao comparar a situação do Brasil, que está atrás de mais de 40 países no início da campanha de imunização, o presidente disse que muitos adquiriram doses pequenas do imunizante da Pfizer.

“Por volta de 44 países estão vacinando, contudo a Pfizer vendeu para muitos desses, apenas 10 mil doses. Daí a falácia da mídia, como se estivessem vacinando toda a população.”

O titular do Palácio do Planalto também apresentou uma lista com o percentual de vacinados em alguns países, mas não citou a fonte da informação e omitiu aqueles que mais imunizaram suas populações, como Israel e Emirados Árabes.

Na lista apresentada, Reino Unido e Estados Unidos são os únicos que vacinaram mais de 1% da população. China, Rússia, Canadá, Itália, Chile, México, Alemanha e Argentina aparecem com menos de 1%. Já Brasil, Holanda e Japão são citados como países que ainda não iniciaram a vacinação.

Valor defasado

Segundo Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), o Ministério da Saúde ofereceu o valor defasado de R$ 0,13 por seringa, e as empresas pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48, a depender do item.

Frente ao fracasso da licitação, a pasta iniciou negociações para requisitar os estoques excedentes dos produtos na indústria nacional.

Uma reunião entre representantes de três empresas da indústria farmacêutica do Brasil e membros do Ministério da Saúde, na segunda-feira (4/1), teve como resultado a definição de que serão fornecidas 30 milhões de seringas e agulhas para o governo federal até o fim de janeiro.

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Bolsonaro almoça com embaixador americano e ministros
Bolsonaro, ministros e o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman
Bolsonaro, sem máscara, fala com apoiadores
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Bolsonaro apresenta caixas de cloroquina a apoiadores e à imprensa, em abril de 2020

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Em 26 de março de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levou uma caixa do medicamento Reuquinol para a reunião com os líderes do G20, que tratou da crise global da pandemia do novo coronavírus

Marcos Corrêa/PR

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