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Bolsonaro sobre vale-alimentação a servidores: “Praticamente acertado”

Presidente afirmou que foi gerada uma confusão que impediu reestruturação das carreiras policiais e concessão de reajuste a servidores

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
serviço público, salários
1 de 1 serviço público, salários - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (15/6), que está praticamente acertado um aumento, em duas vezes, do valor do vale-alimentação pago a servidores públicos.

A intenção inicial do governo federal era conceder um reajuste salarial de 5%, para todas as categorias. No entanto, a ideia foi trocada por um acréscimo no vale-alimentação. A proposta, porém, tem irritado os servidores públicos federais, que preparam uma ofensiva contra a proposta.

“Chegou uma confusão toda que não foi possível a gente dar a reestruturação. Ficou complicado também o 5% de reajuste, a história é longa, e nós resolvemos ultimar um estudo para dobrar o valor do vale alimentação. É o que está praticamente acertado até o momento”, disse Bolsonaro em entrevista à jornalista Leda Nagle.

Atualmente, os servidores da União que estão ativos em suas funções recebem R$ 458 mensais para alimentação. A estimativa do governo é de que o valor poderia ultrapassar R$ 600 mensais.

“Reajustar apenas o vale-alimentação é um verdadeiro desrespeito aos servidores, sobretudo aos aposentados, que nem sequer esse reajuste terão, pois não recebem vale-alimentação”, critica o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.

Os servidores públicos federais reivindicam reajuste de 19,9%. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo tem até o fim de junho para tomar decisão a respeito de proposta de aumento para a categoria.

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirma que a maioria do funcionalismo está com salários congelados há mais de cinco anos.

“Só nossa pressão será capaz de fazer com que o governo conceda a recomposição salarial emergencial pleiteada pelo funcionalismo. Dinheiro tem e a legislação permite”, afirma a Condsef, em nota.

Na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, Paulo Guedes afirmou que “até 5%” seria possível “repor o funcionalismo”.

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