Bolsonaro sobre educação: “Sai kit gay, entra leitura em família”
Presidente se reuniu com ministro da Educação, Abraham Weintraub, e comentou mudanças no Enem, resultados do Pisa e criticou Paulo Freire
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se reuniram nesta terça-feira (07/01/2019) para fazer um balanço da educação brasileira em live transmitida no Facebook. Eles pontuaram ações que consideram melhorias no setor.
Bolsonaro frisou a mudança em livros didáticos promovida pelo Ministério da Educação (MEC). “O pai quer que o filho seja homem e que a filha seja mulher, evidentemente. O que estava nos livros escolares é uma vergonha, livros péssimos que chegavam e deseducavam a galera. Sai o kit gay e entra a leitura em família”, ressaltou.
O presidente se referiu ao programa Conta pra Mim, lançado em dezembro do ano passado e que incentiva pais a lerem para os filhos.
O ministro concordou: “Alguns livros são contratos. A gente já deu uma boa limpada, mas ainda vão chegar alguns [no ano letivo de 2020] que a gente não gosta”, completou.
Bolsonaro e Weintraub destacaram que a situação da educação brasileira ainda é ruim e usaram o termo “vergonha” para comentar alguns índices como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
“Desde 2000, com Lula presidente, o Brasil fez a primeira prova. O país só vem caindo. Quem é patrono do Lula na educação? É o Paulo Freire. Não deu certo”, ironizou Bolsonaro.
Enem
O presidente ressaltou ainda mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado. Weintraub apontou as principais “melhorias”.
“[Na edição anterior], o Enem teve linguagem secreta dos gays. O do ano passado foi tão bom que não teve um jornaleco para comparar. Acabou a balburdia. Tem que estudar”, apostou.
O ministro destacou que o exame irá selecionar os “melhores engenheiros, enfermeiros para a sociedade”. “Quero que o Enem selecione as melhores pessoas para a gente e para a sociedade. Tem que saber matematística, biologia, química e não linguagem gay”, frisou.
Weintraub ainda destacou a mudança de rumos nos temas da redação. “Só queremos saber se a pessoa sabe esquecer bem e concatenar as ideias. Ela pode fazer uma redação de esquerda ou de direita”, finalizou.