Bolsonaro sobe tom contra Barroso e diz que ministro defende pedofilia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou seu discurso no fim da motociata realizada na manhã deste sábado (10/7) em Porto Alegre (RS) para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“É a pedofilia que ele defende. Ministro que defende a legalização das drogas. Ele não tinha que estar no STF, tinha que estar no parlamento”, disse. Não é a primeira vez que o presidente da República ataca o ministro do STF. Ele o considera um inimigo do seu governo. O último embate envolve os planos do presidente em torno do voto eletrônico auditável em papel.

O assunto também foi abordado no discurso de Bolsonaro. “Se aquele de nove dedos tem 60% segundo o DataFolha vamos fazer um voto impresso auditável pra ver se ele ganha realmente no primeiro turno”, pediu. Ele fazia referência ao desempenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas pesquisas eleitorais, que o apontam como franco favorito para o pleito de 2022.

No discurso, Bolsonaro tocou em outros pontos comuns em suas falas públicas. Defendeu a sua gestão durante a pandemia de Covid-19 e o chamado tratamento precoce, que envolve o uso de remédios comprovadamente ineficazes no combate ao coronavírus.

Além disso, ressaltou temas caros a sua base de apoiadores ao dizer que “hoje vocês têm um presidente que acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e tem lealdade ao seu povo”.  Também falaram o ministro da Secretaria-Geral da Presidência Onyx Lorenzoni e o da Infraestrutura Tarcisio de Freitas.