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Bolsonaro revela pressão a médico por cloroquina: “Saúde é minha”

Presidente contou conversa que teve com o médico: “Bicho, você quer voltar pra tropa ou quer que eu tome cloroquina agora?”

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Bolsonaro exibe cloroquina na live
1 de 1 Bolsonaro exibe cloroquina na live - Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu nesta sexta-feira (14/5) ter feito uso de cloroquina sem recomendação médica quando teve Covid-19. Também afirmou que pressionou o médico para que lhe indicasse a medicação, cuja eficácia contra a doença não é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Quando senti o problema, chamei meu médico e ele falou: ‘você tá com todos os sintomas’. Aí peguei a caixinha da cloroquina e ele disse: ‘olha, vamos esperar um pouquinho mais’. Então, eu disse: ‘Bicho, você quer voltar pra tropa ou quer que eu tome cloroquina agora?’

“A saúde é minha”, argumentou o presidente durante cerimônia de entrega de títulos em um evento na cidade de Terrenos, no Mato Grosso do Sul. “Quem é contra, é um direito dele. Mas não vem querer criminalizar quem a use”, completou.

 

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Propagandeada pelo presidente Jair Bolsonaro, a cloroquina não tem sua eficácia contra a Covid-19 comprovada
Bolsonaro apresenta caixas de cloroquina a apoiadores e à imprensa, em abril de 2020
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Bolsonaro ergue caixa de cloroquina a apoiadores no Palácio da Alvorada em julho de 2020

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Propagandeada pelo presidente Jair Bolsonaro, a cloroquina não tem sua eficácia contra a Covid-19 comprovada

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Bolsonaro apresenta caixas de cloroquina a apoiadores e à imprensa, em abril de 2020

Raphael Veleda/Metrópoles

No ano passado, o presidente da República foi submetido a pelo menos seis exames que apontaram ou não a presença do vírus. Os três primeiros, feitos no retorno dele de uma viagem aos Estados Unidos, em março, deram negativos. Outros dois deram positivo, em julho de 2020.

Bolsonaro contou à época que sentiu os primeiros sintomas em 4 de julho, mesmo dia em que participou da comemoração da independência americana na casa do embaixador dos Estados Unidos, na companhia de ministros.

Desde então, o presidente é defensor do tratamento precoce, com a administração de medicamentos sem eficácia comprovada no combate à Covid-19,  como hidroxicloroquinaAnnita e azitromicina.

O posicionamento dele, inclusive, é um dos alvos da CPI da Covid, no Senado.

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