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Bolsonaro responde a Barra Torres: “Não acusei Anvisa de corrupção”

“Ele fez uma nota agressiva. Não precisava”, disse presidente sobre carta endereçada a ele pelo chefe da Anvisa

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1 de 1 Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou pela primeira vez a carta do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, na qual é afrontado pelo estor a investigar se há corrupção na agência ou se retratar. Em entrevista à Jovem Pan, na noite desta segunda-feira (10/1), Bolsonaro recuou e disse: “Não acusei a Anvisa de corrupção. Eu quis saber e repito: o que está por trás dessa sanha vacinatória?”.

O diretor-presidente da Anvisa reagiu, no último sábado (8/1), a uma declaração do presidente sobre o que estaria por trás do interesse da agência de aprovar a vacina contra Covid para crianças com idade entre de 5 a 11 anos.

Na ocasião, Bolsonaro insinuou: “O que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina? É pela sua vida, pela sua saúde?”.

Barra Torres respondeu e fez um duro pedido de retratação ou a investigação, caso haja indícios de corrupção. “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente”, disse.

Nesta segunda, Bolsonaro amenizou: “Não quero aqui acusar a Anvisa de absolutamente nada. Eu escolhi o Barra Torres, que ganhou luz própria. Espero que ele acerte na Anvisa. Não precisava agir daquela maneira. Ele fez uma nota agressiva”, lamentou o presidente durante a entrevista.

Críticas a Moro

Em entrevista também à Jovem Pan gravada na semana passada e exibida nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a alfinetar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (Podemos), potencial adversário na eleição presidencial deste ano.

O mandatário brasileiro afirmou que o ex-ministro achava que “era o dono do Ministério” e voltou a dizer que o ex-auxiliar tentou barganhar a troca do então diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, por uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro disse que acreditava que a “PF podia agir melhor” do que estava sob a gestão Moro e reforçou que a indicação é do presidente, mas Moro não aceitava.

“A questão da Polícia Federal eu achava que tinha que ser dessa maneira. Outras questões foram aparecendo ao longo do meio do caminho e ele não admitia isso daí, era tudo dele. No início do governo, ele colocou lá num conselho uma senhorita de nome Ilona Szabó, que quando eu vi eu falei: Essa senhora aqui não tem nada com o que a gente defende, as posições dela são bastante progressistas”, ressaltou Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan gravada na semana passada e exibida nesta segunda.

“No interessa se essa pessoa não assumir. ‘Ah, a gente precisa, para ter um contraponto’. Falei: Moro, contraponto já tem a imprensa. Não tem que colocar gente lá para dar pancada em você, para pegar o que acontece lá e jogar na imprensa. Levei três dias para demitir essa mulher. Ele passou a achar que era o dono do ministério”, completou Bolsonaro.

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