Bolsonaro recebe afegãos para almoço no Palácio da Alvorada
O grupo com mais de 70 pessoas, em sua maioria mulheres, crianças e idosos, chegou à residência oficial por volta das 11h
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebe, neste domingo (13/3), afegãos para um almoço no Palácio da Alvorada. Dois ônibus chegaram à residência oficial da Presidência da República por volta das 11h e saíram às 15h. O grupo, com mais de 70 pessoas, é formado em sua maioria por mulheres, crianças e idosos. No cardápio, feijão preto, arroz, farofa, batata frita, salada, peito de frango e bife.
A afegã Mina Mirzad, 24 anos, foi uma das convidadas para o almoço. A jovem contou que trabalhava no governo do Afeganistão e, quando o Talibã assumiu o poder, ela e a família fugiram para o Paquistão. Lá, ficaram por seis meses antes de virem para o Brasil.
“O presidente do Brasil nos convidou para o almoço, e estamos animados para conversar com ele e comer comida brasileira”, disse Mina, que quer aprender o idioma português e arrumar emprego no país.
Após o encontro, o pastor Wilbert Batista, conhecido como Ibi, ressaltou a “solidariedade” do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro e o sofrimento dos refugiados.
“São muito carentes. Eu creio que um momento como este é um momento de cura. Essas pessoas sofreram de mais”, disse ele, acrescentando que alguns destacaram a “gratidão” pelo momento e pela ajuda brasileira. O grupo vive de doações e de solidariedade da população da comunidade.
O presidente publicou um vídeo nas redes sociais mostrando a descontração dos visitantes, com direito a banho de piscina da primeira-dama com as crianças.
O chefe do Executivo federal visitou, no sábado (12/3), um grupo de cerca de 70 refugiados afegãos em Luziânia, Goiás. Eles fugiram do país para o Brasil em agosto do ano passado após o Talibã assumir o comando do governo local e instalar regime autoritário. A tomada de poder ocorreu logo depois da retirada das tropas dos Estados Unidos da região.
Na ocasião, Bolsonaro disse que se tratava de uma visita de solidariedade e destacou que o grupo já está se adaptando e migrando para outros locais no país.
“Já estão de adaptando e começam a ir para outros locais do Brasil. Foi uma vista de solidariedade, estavam felizes, dançaram. Dirigimos algumas palavras, demos as boas-vindas, e vão ficar em definitivo no Brasil”, afirmou Bolsonaro após o encontro no sábado. “Pedimos por mais alguns, e virão no momento oportuno”, acrescentou.