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Bolsonaro questionou e AGU disse que eleição ocorreu “de forma legal”

De acordo o ex-comandante da Aeronáutica, Bolsonaro procurou a AGU para uma “alternativa jurídica” que evitasse resultado das urnas em 2022

atualizado

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1 de 1 bolsonaro - Foto: Marcelo Chello/Especial Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro procurou a Advocacia Geral da União (AGU) para uma “alternativa jurídica” que contestasse os resultados das eleições de 2022, de acordo com o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior à Polícia Federal (PF).

A conversa teria sido testemunhada por Carlos Baptista no dia 1º de novembro daquele ano, durante uma reunião no Palácio da Alvorada, assim que o resultado do segundo turno das eleições presidenciais foi divulgado.

“Bolsonaro perguntou ao AGU se haveria algum ato que poderia fazer contra o resultado das eleições”, contou Baptista Júnior. Ainda de acordo com o ex-comandante da Aeronáutica, Bruno Bianco, que atuava como advogado geral da União, respondeu que o pleito havia “transcorrido de forma legal” e que, por isso, “não haveria alternativa jurídica para contestar o resultado”.

O militar ainda disse, em depoimento, que após a negativa da AGU, achou que “o ambiente estava controlado, que não haveria qualquer tentativa de reverter o resultado das eleições”.

A PF informou a Baptista Júnior que foram identificadas uma série de registros de entrada e saída do Palácio da Alvorada em seu nome, após o segundo turno das eleições. Quando questionado sobre o conteúdo dessas reuniões, o militar afirmou que o ex-presidente estava, aparentemente, “resignado com o resultado das eleições”.

Bolsonaro assustado

Ainda de acordo com o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, o ex-presidente “aparentou ter esperança em reverter o resultado das eleições” depois do dia 14 de novembro de 2022.

Ele teria apresentado “a hipótese de utilização da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outros institutos jurídicos mais complexos, como a decretação do Estado de Defesa para solucionar uma possível crise institucional”.

Carlos Baptista Júnior afirmou que “tentava demover o então presidente Jair Bolsonaro de utilizar os referidos institutos jurídicos” e teria deixado claro a ele “que tais institutos não serviriam para manter o então presidente da República no poder após 1º de janeiro de 2023”. Ainda de acordo com Baptista Júnior, Bolsonaro “ficava assustado”.

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