Bolsonaro pede ao STF acesso ao depoimento de Freire Gomes
Freire Gomes, ex-comandante do Exército sob Bolsonaro, prestou depoimento na sede da PF, em Brasília (DF), na última sexta-feira (1º/3)
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao depoimento do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. A informação foi confirmada ao Metrópoles pela defesa de Bolsonaro.
A demanda encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (5/3), também se estende aos relatos do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior à Polícia Federal (PF).
Freire Gomes prestou depoimento na sede da PF, em Brasília (DF), na última sexta-feira (1º/3). A oitiva, em que o general respondeu às perguntas na condição de testemunha, durou mais de sete horas.
O militar prestou depoimento no âmbito do inquérito que investiga suposta tentativa de golpe planejada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Ele teria, segundo informações de bastidores, admitido que participou de reuniões em que foi discutida uma minuta para reverter o resultado das eleições e que foi Bolsonaro que determinou que os acampamentos em frente a quarteis não fossem retirados.
Ex- ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, em delação premiada, informou que o comandante do Exército teria participado de conversas para articular a minuta do golpe.
Esse documento tinha como objetivo cancelar as eleições de 2022, que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, Freire Gomes teria recusado a tese golpista.
Por conta da negativa, o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, chamou Freire Gomes de “cagão” em troca de mensagens com o ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros.