Bolsonaro ouve pedido de caminhoneiros e liga para ministro da Justiça
Demanda não tem relação com preço dos fretes e dos combustíveis, mas, sim, uma denúncia de cobrança de postos para pernoite de motoristas
atualizado
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Em passeio de moto pelo Distrito Federal e Entorno neste domingo (6/2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ouviu uma reclamação inusitada de caminhoneiros quando parou em um posto de combustíveis na BR-060. Os motoristas denunciaram que postos cobram para pernoite de caminhões em suas instalações. Então, o mandatário telefonou para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Bolsonaro tentou telefonar, primeiro, para o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que não atendeu. O presidente, então, contatou Torres para que avaliasse a ideia de realizar operações de fiscalização para autuar estabelecimentos que estejam fazendo a cobrança.
“Se não for legal, tomar as devidas providências e buscar uma maneira de atender os caminhoneiros nesse quesito também”, afirmou Bolsonaro.
Veja vídeo do passeio do presidente:
Imagem arranhada
Trata-se de um esforço pontual do presidente para reforçar a imagem junto aos caminhoneiros, que anda arranhada ultimamente. A reclamação desta vez não teve relação com preço de combustíveis ou de fretes, tema comum na categoria.
Na última semana, parlamentares governistas apresentaram duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) para tentar conter as constantes altas nos preços dos combustíveis.
“Qual é a intenção? É por até dois anos, não só eu como os governadores que quiseram, diminuir ou até zerar os impostos de combustíveis, gás e energia. A crise de energia mundo todo não é do Brasil e não tem irresponsável, a pandemia é o grande responsável e a política do ‘fica em casa a economia a gente vê depois’. Os combustíveis estão altos no Brasil, mas temos que buscar uma maneira de diminuir o sofrimento dessas pessoas”, disse.
“O valor o PIS/Cofins, do diesel, do álcool e da gasolina por parte do governo federal sempre foi o mesmo, tá? Foi congelado. Já no tocante ao ICMS quase que dobrou o valor desses impostos”, acrescentou.
Passeio
O presidente saiu em passeio de moto pela BR-060 e esteve na cachaçaria Cambéba, em Alexânia (GO), próximo ao Outlet Brasília, e no restaurante Sabor de Minas, em Engenho das Lages, no Gama (DF), onde parou para tomar café, conversou e tirou fotos com pessoas que estavam no local.
No restaurante, ao sentar ao lado de homem que almoçava, Bolsonaro perguntou se era caminhoneiro. O homem disse que não.
Poucos quilômetros depois, a comitiva parou ao lado de um posto de combustível, onde havia caminhões estacionados. O presidente desceu para conversar com caminhoneiros. Foi quando ele ouviu a reclamação.
Posteriormente, Bolsonaro parou no Clube de Tiro Matsumoto, no Recanto das Emas (DF), onde se encontrou com o filho, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RS), praticou alguns disparos e conversou com pessoas que estavam no local. Na ida, o chefe do Executivo havia parado no posto da PRF, na BR-060, para cumprimentar e conversar com policiais.