metropoles.com

Bolsonaro nomeia reitor menos votado pela 3ª vez em federal de Minas

Ele já havia nomeado o 2º e 3º colocados, respectivamente, para as federais do Triângulo Mineiro (UFTM) e do Recôncavo da Bahia (UFRB)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) nomeou o terceiro nome da lista tríplice, o professor Janir Alves Soares, como novo reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) É a terceira nomeação de reitor feita pelo presidente que não acata a decisão da maioria da comunidade universitária.

Ele já havia nomeado o segundo e terceiro colocados, respectivamente, para as federais do Triângulo Mineiro (UFTM) e do Recôncavo da Bahia (UFRB). Apesar de a escolha do reitor ser prerrogativa do presidente, a nomeação de candidato menos votado rompe uma tradição que se mantinha desde 2003, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Procurado, o governo Bolsonaro não informou quais critérios foram adotados para a escolha desses três nomes.

A chapa de Soares recebeu apenas 5,2% dos votos válidos dos professores, funcionários e alunos da UFVJM. O atual reitor, Gilciano Nogueira, ficou em primeiro lugar e se disse surpreso com a escolha do governo federal. “Em todas as reuniões e exposições públicas, o ministro vem dizendo que vai escolher os reitores pela capacidade de gestão e ausência de atuação ou identificação partidária. Eu consegui zerar as dívidas da universidade, equilibrei as contas, retomei obras paradas em meio à crise financeira que atinge todo o sistema federal. E isso foi reconhecido pela comunidade acadêmica”, ressaltou.

Ele acredita que a decisão tenha influência política, uma vez que, quando reitor, recebeu a caravana do ex-presidente Lula, que foi quem criou a instituição. “Respeito a decisão e confio na capacidade de gestão do professor que foi nomeado, mas lamento que a decisão e autonomia da universidade não estejam sendo respeitadas”, afirmou Nogueira. Soares é professor de Odontologia e já ocupou cargos de direção na UFVJM. O Estado de S. Paulo tentou contato com Soares, mas não o localizou.

Essa foi a oitava nomeação de reitor feita por Bolsonaro. Além dos três casos em que o indicado não foi o mais votado, o governo federal questionou a eleição e não aceitou a lista tríplice da Universidade Federal Grande Dourados (UFGD). Uma reitora interina foi nomeada. Nos outros casos, como o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior do País, se indicou a mais votada.

Peso do voto
Os questionamentos feitos pelo governo Bolsonaro ao processo de eleição das universidades ocorre após a gestão Michel Temer ter editado um documento em que diz ser ilegais as consultas internas para escolha de reitor nas quais o peso do voto dos professores é menor do que 70%. A posição contraria a prática da maioria das universidades, que adotam processos de escolha nos quais o voto de cada categoria tem o mesmo peso, um terço do total.

Em nota, o MEC reiterou ontem que as nomeações são “atribuição discricionária do presidente”. Apenas neste ano, o governo Bolsonaro deverá escolher os reitores de outras três universidades federais – são 63, no total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?