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Bolsonaro: “No nosso governo, todos os ministros conversam, se entendem”

Presidente inaugurou obra em Coribe, na Bahia. Declaração ocorre em meio às crises nas pastas da Saúde e das Relações Exteriores

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1 de 1 21_01_2021_11_45_05 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (21/1), em agenda em Coribe (BA), que, em seu governo, “todos os ministros conversam, todos se entendem”.

“Hoje me entregaram mais uma missão. Missão essa que tenho certeza será cumprida, porque no nosso governo, todos os ministros conversam, todos se entendem e todos remam na mesma direção”, disse ele ao comentar conversas com o prefeito da cidade, Dr. Murillo (PL).

O chefe do Executivo participou de cerimônia de entrega das obras da BR-135, no oeste da Bahia. Acompanharam o presidente na agenda os ministros do Turismo, Gilson Machado, e da Infraestrutura, Tarcísio Gomes.

A fala sobre os ministros ocorre em meio às crises nas pastas da Saúde e das Relações Exteriores. O Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com pedido de explicações sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Pazuello também vem sendo pressionado por suposta omissão na crise de saúde em Manaus (AM).

Já o chanceler Ernesto Araújo tem sido alvo de críticas pela falta de canal de diálogo com a China em um momento crucial para a campanha de vacinação no país, com o atraso da chegada dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFA) necessários para a produção de vacinas em território brasileiro.

Em reunião com a Comissão Externa da Câmara sobre a Covid-19, na quarta-feira (20/1), Araújo disse que não havia qualquer problema político com o país asiático, mas de demanda. Segundo ele, o governo está em comunicação diária com a China desde dezembro.

O chanceler também tem sido questionado por conta das negociações para importação de 2 milhões de doses da vacina de Oxford/Astrazeneca da Índia. O envio deveria ter ocorrido no último fim de semana, mas foi adiado e não tem prazo para chegar ao Brasil, o que impacta o cronograma nacional de vacinação.

O Itamaraty informou que o tema está sendo conduzido por meio dos canais diplomáticos apropriados, em diferentes níveis. “O governo brasileiro permanece em estreito contato — com sentido de prioridade e urgência — com as autoridades indianas, com vistas à pronta concretização da importação de dois milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford contra a Covid-19”, disse em nota.

Remar contra

Bolsonaro voltou a falar em pessoas que “remam contra” o governo. Nessa quarta-feira, em evento militar, ele disse que, embora pregue e zele pela união e paz, os setores que teimam em remar contra o governo perderão.

“Em todos os locais existem aqueles que remam contra. Mas eu aqui e nosso prezado prefeito Murillo [de Coribe] governamos para todos”, afirmou o presidente no discurso nesta quinta.

“Eu agradeço a Deus pela minha vida e pela missão. Sabia que não seria fácil, que a cruz seria pesada, mas Ele não nos dá um peso maior do que aquele que nós possamos carregar.”

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