Bolsonaro nega encontro com Luis Miranda e depois sugere não lembrar
Ele fez a afirmação ao ser questionado por jornalista na chegada à moticiata realizada nesta manhã em Porto Alegre
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou ter se reunido com o deputado Luis Miranda (DEM-DF) ao ser questionado sobre o assunto em entrevista à rádio Gaúcha realizada, na manhã deste sábado (10/7).
Perguntado sobre a afirmação de Miranda de que o parlamentar teria denunciado um esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, Bolsonaro respondeu que não se reuniu com ele. “Ele pediu audiência para falar comigo sobre vários assuntos”, acrescentou.
“Não respondo sobre reunião. Tenho reunião com 100 pessoas por mês. Chega qualquer coisa para mim, eu tenho que tomar providência imediatamente. Tomei providência nesse caso. Compramos uma dose?”, prosseguiu ele.
EXCLUSIVO. Segue o áudio da minha breve entrevista exclusiva com o presidente @jairbolsonaro que fiz aqui em Bento Gonçalves. Respondeu sobre denúncias da Covaxin, sobre reunião com @LuisMirandaUSA e sobre a carta da CPI da COVID do Senado. Ouçam. https://t.co/nNn7bgqsnR
— Eduardo Matos (@_eduardomatos) July 10, 2021
CPI da Covid-19
Bolsonaro conversou com a rádio Gaúcha ao chegar para a motociata organizada em seu apoio na capital do Rio Grande do Sul. Na entrevista, ele também apontou como “fantasiosa” a investigação feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia envolvendo a compra da Covaxin, que acabou não acontecendo.
“A compra seria 400 milhões de doses. A compra seria 1.000% superfaturamento. Isso que a CPI andou falando. Assinei Medida Provisória (MP) de R$ 20 bi pra comprar vacina para todo mundo. Como ia fazer uma nova MP de R$ 280 bilhões? É absurdo. É historia fantasiosa, só serve ao Renan [Calheiros], Omar Aziz, Randolfe [Rodrigues]”, prosseguiu.
Ele fez referência aos três ocupantes de cargos de comando na CPI. Calheiros (MDB-AL) é o relator, enquanto Aziz (PSD-AM) é o presidente e Rodrigues (REDE-AP) é o vice-presidente.
Sobre a carta enviada pela CPI para Bolsonaro questionando-o sobre a Covaxin, o presidente respondeu que não vai responder. “Não tenho obrigação, vou responder para três bandidos? Não vou responder”, afirmou ao concluir a entrevista.