Bolsonaro não falou em pedir licença do cargo, diz Queiroga
Ministro da Saúde esteve com o presidente na quarta-feira (14/7), antes do chefe do Executivo ser transferido para São Paulo
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no fim de quarta-feira (14/7), antes da transferência do mandatário para o estado de São Paulo. Segundo Queiroga, o chefe do Executivo não falou sobre pedir licença do cargo por causa da internação.
A declaração de Queiroga foi dada na manhã desta quinta-feira (15/7), após evento de lançamento do Plano Nacional de Fortalecimento das Residências Médicas. Questionado sobre o estado de saúde de Bolsonaro, o ministro disse que o mandatário “está passando bem”. Ele afirmou que a equipe médica do presidente emitirá novos boletins médicos sobre a situação.
“O presidente está passando bem. Naturalmente, o boletim médico é dado pela equipe do dr. Macedo. Conversei com o médico dele. Ele estava em uma situação estável, conversou comigo, me deu recomendações para que continuasse cuidado dos brasileiros. Não falou comigo sobre esse assunto [se licenciar do cargo]. Ele está bem e logo estará de volta conosco em Brasília’, declarou o ministro.
O titular da Saúde desejou melhoras ao presidente e disse esperar que ele “volte às suas atividades normais no espaço mais curto possível”.
Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília na madrugada de quarta-feira, após sentir fortes dores abdominais. A transferência do presidente para São Paulo foi decidida na tarde de quarta. Ele chegou ao Hospital Vila Nova Star, zona sul de São Paulo, às 19h38, após desembarcar no aeroporto de Congonhas.
O chefe de Estado brasileiro foi encaminhado diretamente para o setor de tomografia, onde realizou exames de imagem a fim de avaliar a necessidade de uma cirurgia de emergência. Em um primeiro momento, no entanto, os médicos descartaram essa possibilidade e iniciaram um “tratamento clínico conservador”.
Bolsonaro está sob os cuidados do cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o tratou do ferimento causado por uma facada em um atentado ocorrido na campanha eleitoral de 2018. O titular do Palácio do Planalto já passou por seis cirurgias desde 2018.