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Bolsonaro lamenta morte de Olavo de Carvalho: “Farol para brasileiros”

Perfil do presidente brasileiro também afirmou que Olavo de Carvalho foi um “gigante na luta pela liberdade”

atualizado

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Em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro postou no Twitter uma foto ao lado do filósofo autodidata Olavo de Carvalho em um jantar oferecido no dia 17 de março de 2019 pelo embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral
1 de 1 Em viagem aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro postou no Twitter uma foto ao lado do filósofo autodidata Olavo de Carvalho em um jantar oferecido no dia 17 de março de 2019 pelo embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral - Foto: Twitter/Reprodução

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), publicou nas redes sociais nota lamentando a morte do escritor Olavo de Carvalho. O filósofo autodidata faleceu na noite de segunda-feira (24/1), madrugada no horário brasileiro, em Richmond, no estado norte-americano da Virgínia.

“Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros”, escreveu o chefe do Executivo nacional, elogiando aquele que já foi chamado de guru do bolsonarismo.

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Apesar de não ter sido divulgada a causa da morte, Olavo havia informado que tinha contraído Covid-19 recentemente. O escritor deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos
Natural de Campinas, São Paulo, Olavo mudou-se para os Estados Unidos em 2005. Segundo ele, um dos motivos para ter saído do Brasil foi a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República
Trabalhou como jornalista em veículos como Folha de S.Paulo, Planeta, Bravo!, Primeira Leitura, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Globo, Época, Zero Hora e Diário do Comércio
Opositor do "politicamente correto" e crítico do que chamava de pensamento "hegemônico de esquerda na imprensa e na academia", o escritor se tornou celebridade dentro da direita política
Durante a vida, Olavo publicou diferentes livros polêmicos, entre eles: O Mínimo que Você Precisa Saber para não Ser um Idiota, considerado um dos manuais da direita brasileira, O Jardim das Aflições (1995) e O Imbecil Coletivo (1996)
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O escritor Olavo de Carvalho, de 74 anos, considerado o guru do bolsonarismo, morreu na madrugada do dia 24 de janeiro de 2022. Ele estava internado em um hospital de Richmond, nos Estados Unidos

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Apesar de não ter sido divulgada a causa da morte, Olavo havia informado que tinha contraído Covid-19 recentemente. O escritor deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos

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Natural de Campinas, São Paulo, Olavo mudou-se para os Estados Unidos em 2005. Segundo ele, um dos motivos para ter saído do Brasil foi a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República

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Trabalhou como jornalista em veículos como Folha de S.Paulo, Planeta, Bravo!, Primeira Leitura, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Globo, Época, Zero Hora e Diário do Comércio

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Opositor do "politicamente correto" e crítico do que chamava de pensamento "hegemônico de esquerda na imprensa e na academia", o escritor se tornou celebridade dentro da direita política

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Durante a vida, Olavo publicou diferentes livros polêmicos, entre eles: O Mínimo que Você Precisa Saber para não Ser um Idiota, considerado um dos manuais da direita brasileira, O Jardim das Aflições (1995) e O Imbecil Coletivo (1996)

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Filipe Martins era adepto da ala ideológica do governo, encabeçada pelo filósofo Olavo de Carvalho, que faleceu em janeiro de 2022

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Nos Estados Unidos, trabalhava dando aulas de filosofia pela internet

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Fundou o site Mídia sem Máscara (MSM), que tinha o objetivo de combater o “viés esquerdista da grande mídia brasileira”. Entre seus defensores estavam os filhos do presidente Jair Bolsonaro. Aliás, Olavo era considerado consultor e espécie de guru intelectual de assessores próximos ao presidente

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Olavo de Carvalho terá seu funeral realizado em Petersburg, cidade de 31 mil habitantes na Virgínia, Estados Unidos

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Além disso, foi internado com problemas respiratórios em abril do ano passado e lidava com consequências da doença de Lyme, conhecida como doença do carrapato, que pode causar irritação na pele, dores nas articulações e fraqueza nos membros

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Pouco antes de falecer, passou a fazer críticas ao governo Bolsonaro. Apesar disso, o presidente lamentou a morte do escritor. “Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros. Seu exemplo e seus ensinamentos nos marcarão para sempre”, escreveu o mandatário do Brasil

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A causa da morte não foi anunciada. Entretanto, o próprio escritor afirmou que tinha se infectado com o novo coronavírus, causador da Covid-19. Carvalho era casado atualmente com Roxane, tinha oito filhos e 18 netos.

Natural de Campinas (SP), Olavo vivia desde 2005 nos Estados Unidos. Após a eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) para presidente, ele se revelou um consultor e espécie de guru intelectual de assessores próximos a Bolsonaro.

A relação de Carvalho com o presidente começou, principalmente, por causa da relação do escritor com os filhos de Bolsonaro, que se referem a ele como “professor Olavo”. A lista de seguidores incluiu ainda figuras já rompidas com Bolsonaro, como o blogueiro de direita Felipe Moura Brasil e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).

Em entrevista ao jornalista Pedro Bial em 2019, no programa Conversa com Bial, da TV Globo, Olavo defendeu que o presidente da República desse um ministério para um cada um de seus filhos que seguem carreira política: o senador Flávio (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos).

“Tomara que ponha os três de ministros. São pessoas muito sinceras, muito honestas”, defendeu.

Para mostrar o quanto respeitava o guru, em uma de suas primeiras entrevistas após eleito, Bolsonaro apresentou “O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota”, de Olavo de Carvalho, como um dos seus livros de cabeceira. A obra estava acompanhada da Bíblia, da Constituição Federal e do livro “Memórias da Segunda Guerra”, de Winston Churchill.

Queda de influência

Carvalho também é tido como padrinho das nomeações de Ernesto Araújo para comandar o Ministério de Relações Exteriores e de Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação (MEC). Recentemente, assistiu a uma queda na sua influência no governo. Além da saída de Vélez e Araújo, os irmãos Arthur e Abraham Weintraub também deixaram o governo após acumular uma série de polêmicas.

As saídas dos ministros são acompanhadas por outras em segundo escalão e vistas como um enfraquecimento da ala ideológica no governo. Desde que Bolsonaro passou a buscar uma base no Congresso para lhe garantir governabilidade com vistas à reeleição em 2022, Olavo passou a criticar a aproximação com partidos do Centrão.

Apesar de menos influente, o olavismo ainda tem sua fatia no governo. Seu maior representante hoje é Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais do presidente da República. Acusado de fazer um gesto racista em uma sessão do Senado Federal, Martins conseguiu se segurar no cargo apesar da queda de Ernesto Araújo.

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