Bolsonaro ironiza carreata por impeachment em MS: “Uns 10 carros”
Presidente comentou pela primeira vez os atos contra o governo realizados no fim de semana e minimizou o tamanho das carreatas
atualizado
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Em conversa com apoiadores na manhã desta segunda-feira (25/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o tamanho das carreatas contra o governo realizadas no último fim de semana. O presidente respondia um simpatizante que dizia ser de Campo Grande (MS).
“Eu vi uma carreata monstro lá [em Campo Grande], de uns 10 carros, contra mim”, disse, rindo, aos simpatizantes reunidos no Palácio da Alvorada.
No fim de semana, diversas cidades do país e a capital federal registraram protestos em carreatas pedindo o impeachment de Bolsonaro. Alguns atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, movimentos que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Em São Paulo, motoristas foram às ruas protestar contra o governo dois dias seguidos, no sábado (23/1) e no domingo (24/1). O grupo pedia o impeachment do mandatário e a demissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela condução de políticas públicas na pandemia do novo coronavírus.
Entre os presentes no ato na capital paulista, estava o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), um dos ex-apoiadores do presidente, que agora denuncia as irregularidades do governo.
No domingo, durante passeio de moto em Brasília, Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre os protestos, mas não respondeu.
Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro classificaram os protestos como fiasco. O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe G. Martins, relacionou os atos à tentativa de influenciar a eleição interna para a presidência da Câmara, que está marcada para a próxima semana.
Na visão do assessor presidencial, o tiro saiu pela culatra. “Tudo o que esses movimentos conseguiram foi provar que ninguém apóia um impeachment contra um presidente que já está indo para o 3º ano de governo sem envolvimento em qualquer episódio de corrupção e que está implementando uma nova forma de governar”, avaliou.
O tiro saiu pela culatra: tudo o que esses movimentos conseguiram foi provar que ninguém apóia um impeachment contra um presidente que já está indo para o 3º ano de governo sem envolvimento em qualquer episódio de corrupção e que está implementando uma nova forma de governar.
— Filipe G. Martins (@filgmartin) January 24, 2021