Bolsonaro indica Kassio Marques para vaga no Supremo Tribunal Federal
Conforme antecipado pelo presidente em live, a indicação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (2/10)
atualizado
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O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) indicou o desembargador Kassio Nunes Marques (foto em destaque), 48 anos, para a vaga deixada pelo ministro Celso de Mello, no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi publicada no Diário Oficial (DOU) na madrugada desta sexta-feira (2/10).
O presidente também concedeu aposentadoria ao ministro Celso de Mello. O decano do Supremo, que completa 75 anos em novembro, decidiu antecipar a aposentadoria para o próximo dia 13.
Em sua live semanal, feita na noite dessa quinta-feira (1º/10), o presidente tinha confirmado a indicação de Marques para o lugar de Celso de Mello. “Não vou botar uma pessoa só pelo currículo. [As pessoas] Começam a atirar no cara. Acusar de comunista, socialista, ligado ao PT. Todo mundo ao longo de 14 anos de PT teve alguma ligação, não quer dizer que seja comunista”, disse Bolsonaro ao se defender das críticas contra a escolha do nome.
Marques é conhecido entre os colegas de trabalho pela produtividade e eficiência com processos complexos. Ele também já fez parte do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O piauiense é tido como alguém de boa articulação, muito discreto publicamente e obcecado por eficiência no trabalho. Desempenhando função de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Corte da qual foi vice-presidente até o início de 2020, Marques ficou marcado como um resolvedor de pendências históricas.
O nome, contudo, não tem agradado apoiadores mais conservadores do presidente e a ala evangélica. No primeiro caso, porque acreditam que Marques não adota uma postura mais “radical”. E no segundo, porque, ao contrário do que disse Bolsonaro sobre a escolha de um ministro “terrivelmente evangélico”, o desembargador é católico.
Marques ainda terá de passar por sabatina no Senado Federal e ter o nome aprovado pela maioria absoluta do plenário, conforme rito definido pela Constituição Federal.