Bolsonaro: “Forças Armadas decidem se o povo viverá na democracia ou não”
Em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, o presidente disse que “querem levar o Brasil para o socialismo”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (18/1) que quem decide se um povo vive em uma democracia ou em uma ditadura são as Forças Armadas.
Em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo da República também disse que o Brasil “ainda” tem liberdade, mas que “tudo pode mudar” se a população não reconhecer o valor dos militares.
Sem se referir a quem, Bolsonaro disse que “querem levar o Brasil para o socialismo”.
“Nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo. Quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam. No Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor desses homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar”, declarou o presidente.
Venezuela
Durante a conversa, Bolsonaro comentou a doação de oxigênio da Venezuela para Manaus, que vive uma crise com o avanço da Covid-19 na região.
Com internações batendo recordes, unidades de saúde ficaram sem oxigênio. O estado do Amazonas está sendo obrigado a enviar pacientes para outras unidades da Federação.
“Agora se fala que a Venezuela tá fornecendo oxigênio para Manaus. A White Martins é uma empresa multinacional que está lá também. Se o [presidente da Venezuela, Nicolás] Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar o auxílio emergencial para o seu povo também, né”, afirmou o mandatário.
“O salário mínimo lá não compra nem 1 kg de arroz. Não tem mais cachorro lá, por que será? Uma peste? Comeram os cachorros todos, comeram os gatos todos. E vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando. ‘Ah, olha o Maduro, coração grande ele tem’. Realmente, um cara daquele tamanho, né, 200 kg, 2 metros de altura, o coração dele deve ser muito grande, nada além disso”, prosseguiu.