Bolsonaro fala em recriar ministérios após eleições na Câmara e no Senado
Presidente afirmou que aliados vão ajudar a destravar pautas no Parlamento, ao citar a possibilidade de renascimento de pastas
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta sexta-feira (29/1), que os dois candidatos que apoia na eleição interna para as presidências da Câmara e do Senado devem se eleger no próximo dia 1º de fevereiro, o que deve ajudar a destravar a pauta prioritária do governo e pode levar à recriação de ministérios.
“Se tiver um clima no Parlamento, pelo que tudo indica, as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger. Não vamos ter mais uma pauta travada, a gente pode levar muita coisa avante. Quem sabe até ressurgir os ministérios”, afirmou, durante evento no Palácio do Planalto fechado à imprensa com atletas e autoridades ligadas ao esporte.
Os dois parlamentares citados pelo mandatário são o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, na Câmara, e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aliado de Bolsonaro. Os dois são favoritos na disputa.
Segundo o chefe do Executivo, a recriação de ministérios se justifica pelo tamanho e pela complexidade do país.
“Alguém pode falar: ‘Ah, quer recriar ministério de novo’. Olha o tamanho do Brasil, pessoal. Só a Amazônia é maior do que toda a Europa Ocidental”, justificou. “O primeiro critério para escolher quem vai estar do nosso lado é a confiança”, prosseguiu.
Quando foi eleito, Bolsonaro, que prometeu enxugar a máquina pública, extinguiu algumas pastas. Outras foram unificadas, como é o caso do Ministério da Economia, que abriga a Fazenda, o Planejamento e a Indústria e Comércio Exterior. Hoje, há 23 ministérios.
Elogios a secretários
Bolsonaro elogiou os secretários do Esporte, Marcelo Magalhães, da Cultura, Mário Frias, e da Pesca, Jorge Seif, que são comandam pastas que eram ministérios. No início da fala, ele disse que, se começasse o mandato hoje, teria feito algumas coisas diferentes, sinalizando que poderia chamá-los antes.
“Eu queria que hoje eu tivesse sido eleito presidente, porque algumas coisas a mais eu faria, outras eu não faria. Como por exemplo: eu tenho três secretários que, se eu soubesse do potencial de vocês e tivesse mais conhecimento com profundidade da importância, seria um ministério”, afirmou, citando os chefes do Esporte, da Cultura e da Pesca.
O evento foi destinado ao relançamento dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), que irão ocorrer no fim de 2021. Não previsto na agenda oficial, o encontro foi fechado à imprensa, mas Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, fez uma transmissão ao vivo pelo Instagram.
Entre os atletas presentes, estavam Serginho e Giba (ambos do vôlei), André Domingos (atletismo), Flávia Saraiva (ginástica artística) e Mayra Aguiar (judô). A competição será realizada depois de um hiato de 17 anos, entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro, no Rio de Janeiro.